Em coletiva à imprensa, na manha desta segunda-feira (26), a delegada da Polícia Federal, Luciana Mautino, à frente da Operação Cartão Vermelho, informou que o ex-governador Jaques Wagner (PT) recebeu R$ 82 milhões em propina e recursos para campanha eleitoral oriundos do contrato da Arena Fonte Nova. Ela apontou a entrega do dinheiro ao petista por prepostos.
Na busca e apreensão realizada na casa do ex-governador na manhã desta segunda-feira (26) no âmbito da operação Cartão Vermelho, a Polícia Federal levou 15 relógios de luxo.
A delegada afirmou que foram pedidas as prisões do ex-governador Jaques Wagner, a do atual secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, e do empresário Carlos Daltro, mas o Tribunal Regional Federal, da 1ª Região, em Brasília, negou.
Segundo Luciana Matutino, com base nas delações da Odebrecht e material apreendido na sede da empresa, foi verificado que o ex-governador recebeu propina. “Verificamos que de fato o então governador recebeu uma parte do recurso desviado no superfaturamento para pagamento de campanha eleitoral e propina. Havia dois intermediários, seja pela OAS, seja pela Odebrecht, que também foram alvos de busca nesta data”.
Um dos intermediários, segundo a PF, é o secretario da Casa Civil, à época diretor da OAS, e o outro é empresário Carlos Daltro, “muito próximo do então governador”.