23 de abril de 2024
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Joaquim Barbosa decide não se candidatar à Presidência da República

Joaquim Barbosa decide não se candidatar à Presidência da República

O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e ministro aposentado do tribunal Joaquim Barbosa anunciou no Twitter que não será candidato à Presidência da República em 2018: “Está decidido. Após várias semanas de muita reflexão, finalmente cheguei a uma conclusão. Não pretendo ser candidato a Presidente da República. Decisão estritamente pessoal”.

Em abril, o ministro aposentado anunciou sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). Na ocasião, a legenda disse que iniciaria discussões sobre uma possível candidatura dele à Presidência. Joaquim Barbosa apareceu na terceira e na quarta colocação em nove cenários de 1º turno da última pesquisa Datafolha de intenção de voto para presidente.

A filiação de Barbosa ao PSB causou desconforto no ex-ministro Aldo Rebelo, que havia se oferecido ao partido como possível candidato ao Planalto. Rebelo acabou deixando a sigla e aderindo ao Solidariedade – legenda pela qual se lançou pré-candidato à Presidência em abril.

“Como havia uma inclinação do partido pela candidatura do ex-ministro, eu preferi naturalmente deixar o partido à vontade. E procurar, já que havia um convite, uma legenda que tem identidade com meu pensamento, com minha trajetória, com os meus valores e com as perspectivas que eu vejo como promissoras para o Brasil”, afirmou Rebelo à época sobre o desligamento do PSB.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, lamentou a decisão de Joaquim Barbosa. “Acolhemos a decisão com muita serenidade, respeitamos a decisão dele. Está dentro do nosso combinado. Sabíamos que ele estava dividido internamente. Ele se decidiu e agora a vida continua. Vamos para frente de outra forma”, afirmou.

Siqueira disse que a tendência agora é o PSB abdicar de uma candidatura própria para firmar uma coligação para as eleições deste ano. “Ainda não temos uma decisão, mas estamos mais propensos a uma coligação de centro-esquerda”. O partido vai convocar uma reunião da executiva nacional na próxima semana para discutir o assunto.

Em nota, o PSB afirmou que a deliberação de Barbosa foi pessoal e que segue buscando alternativas que contemplem “os amplos clamores populares”. “A reflexão de foro íntimo realizada pelo ministro fez com que a candidatura não seguisse à frente, decisão que o PSB compreende, especialmente, por que é personalíssima”.

Para políticos tucanos e candidatos de esquerda a desistência de Barbosa trouxe alívio, já que o ministro aposentado tinha potencial para tirar votos tanto do PSDB como de partidos do campo da esquerda e centro-esquerda, avalia o colunista Valdo Cruz.

Indicado para ministro do STF pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa permaneceu no STF de 2003 a 2014, e assumiu a presidência da Corte entre 2012 e 2014.

Relator do processo do mensalão, levou o caso a julgamento em 2012 com voto pela condenação da maioria dos acusados.




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