Vinte nove pessoas foram assassinadas em Salvador e região metropolitana no final de semana, entre o sábado (9) e domingo (10). Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), o número foi “atÃpico” e ficou muito acima da média que costuma ser registrada nos finais de semana, que é de cerca de dez mortes violentas.
No sábado, a SSP-BA registrou 16 assassinatos. Do total de vÃtimas, seis não foram identificadas e oito eram jovens com idades entre 17 e 23 anos.
No domingo, foram 13 assassinatos. O perfil das vÃtimas se repetiu. Sete delas eram jovens com idades entre 16 e 29 anos. Dois mortos não foram identificados até a publicação desta reportagem.
Nos dois dias, todas as vÃtimas assassinadas foram homens. O perfil de mortes violentas no estado coincide os dados nacionais divulgados no Atlas da Violência, que apontaram que os jovens são grandes vÃtimas das mortes violentas do paÃs.
De acordo com o Atlas, se levados em conta os dados apenas de homens jovens assassinados de 15 a 29 anos, a taxa de homicÃdios é de 280,6 para cada grupo de 100 mil habitantes. Em dez anos, de 2006 a 2016, o levantamento mostrou que 324.967 jovens foram assassinados no Brasil.
Dentre os bairros que contabilizaram os Ãndices mais violentos, envolvendo mortes, foram São Cristóvão e IAPI. Foi determinante no Ãndice o registro de triplos homicÃdios nas localidades, em ambos os bairros.
Em São Cristóvão, o crime ocorreu na Rua Direta do Barro Duro, por volta das 22h30. Duas vÃtimas foram identificadas como Eliomar da Cunha Rosa, de 22 anos, e Evandro Silva Santos, de 23 anos. A terceira vÃtima ainda não foi identificada.
No IAPI, o crime ocorreu na Rua Antônio Balbino, por volta das 22h40. Apenas uma das vÃtimas foi identificada até a publicação desta reportagem. Trata-se de Diego de Jesus, de 21 anos.
Por meio de nota, a SSP-BA disse que dos 29 casos registrados, em 11 as vÃtimas tinham passagens pela polÃcia. O órgão ainda disse que em outros 10 as mortes têm relação com o tráfico de drogas.
A SSP-BA disse também que, em algumas situações, as mortes aconteceram “pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas, gerando discussões por motivos fúteis e posteriores brigas”.