18 de abril de 2024
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Cratera gigante aparece em área da Dow Química em Vera Cruz

Cratera gigante aparece em área da Dow Química em Vera Cruz

Uma cratera gigante, com 46 metros de profundidade, 69 metros de comprimento e 29 metros de largura, se abriu misteriosamente perto de uma vila de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, na Bahia. Além de chamar a atenção pelo tamanho, o buraco tem preocupado os moradores, que ainda não sabem como ele se formou. Uma empresa multinacional que atua na região está investigando se a erosão tem relação com o trabalho que desenvolve no local.

A cratera fica no meio de uma mata nativa na Ilha de Matarandiba e está a cerca de 1 km do local onde vivem os moradores. O buraco se abriu na propriedade de uma multinacional americana, que utiliza a área para extração de salmora, uma mistura de água e sal usada na fabricação de produtos químicos. A salmora é retirada em seis poços a uma profundidade de 1,2 mil metros.

A erosão foi descoberta pela própria empresa há 15 dias, durante um trabalho de rotina. O acesso à area onde o buraco se formou é difícil por causa da mata fechada, mas ainda assim toda a área foi isolada e passou a ser vigiada para evitar a presença de curiosos. Como especialistas ainda não avaliaram as condições do solo em torno da cratera, a circulação de pessoas pode ser perigosa.

A empresa multinacional diz que já iniciou uma série de estudos para descobrir o que provocou o surgimento do buraco. Ainda não é possível afirmar se há alguma relação com o trabalho da empresa na região.

“Não sabemos o que está acontecendo. Eles dizem que é um fenômeno e não sabemos se é isso mesmo ou se foi por causa da perfuração deles. Então, a população toda está com medo”, disse um morador.

Os resultados dos estudos para descobrir as causas da erosão devem sair em até quatro meses. Até lá, a empresa quer tranquilizar os moradores. “Já tivemos reuniões frequentes com a comunidade e criamos um meio de comunicação exclusivo com eles, através de WhatsApp, que foi a escolha deles. Qualquer esclarecimento necessário queremos que seja feito à comunidade, de forma que ele fique mais tranquila possível”, disse um representante da multinacional.

Técnicos de órgãos federais, como a Agência Nacional de Mineração, já estão na vila conversando com os moradores. Eles vão notificar a empresa para que ela faça estudos nas proximidades da vila, para verificar se o povoado corre algum risco.

Foto: Reprodução/TV Bahia




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