As cidades de Vitória da Conquista, Encruzilhada e Cândido Sales, no sudoeste Baiano, estão entre os 29 municÃpios em situação de emergência por longa estiagem, de acordo com decreto nº 18.482 publicado na edição, desta quarta-feira (11), do Diário Oficial da Bahia.
A escassez de água tem causado graves prejuÃzos a atividades como agricultura e pecuária, aliada da estiagem prolongada que resulta em danos ambientais e, também, à saúde dos munÃcipes, conforme esclarece o decreto, que considera também: “a falta do abastecimento de água nos municÃpios baianos gerando o exaurimento de grande parte dos mananciais que fornecem água potável à s comunidades rurais, distritos e cidades”.
Segundo informações da Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), no balanço do mês passado, 153 municÃpios baianos entre Bom Jesus da Lapa, Feira de Santana e Juazeiro foram reconhecidos em situação de emergência por motivo de seca e/ou estiagem.
O levantamento mostra, ainda, que outros quatro estão em análise e apenas 34, por enquanto, não se enquadram em estado grave. O total de baianos atingidos chega a cerca de 4 milhões.
Integram, também, a lista de municÃpios em situação de emergência do decreto publicado nesta quarta: Anagé, Aracatu, Belo Campo, Boa Nova, Bom Jesus da Serra, Caetanos, CaraÃbas, Carinhana, Condeúba, Cordeiros, Coribe, Guajeru, Iuiú, Jacaraci, LicÃnio de Almeida, Maetinga, Malhada, Mirante, Piripá, Planalto, Poções, Sebastião Laranjeiras, Tanhaçu, Tremedal, Urandi e Presidente Jânio Quadros.
Enfrentamento – O decreto atua justamente para minimizar os reflexos da seca nos municÃpios, através da atuação conjunta dos governos Federal, Estadual e Municipal.
O superintendente estadual de proteção e defesa civil, Paulo Luz, explicou que a maioria dos municÃpios do Sudoeste que constam no decreto, tem barragens em nÃvel crÃtico.
“A Barragem do Champrão, em Condeúba, por exemplo, além de abastecer a cidade e mais os municÃpios de Piripá e Cordeiro está apenas com 5% da capacidade de água e deve auxiliar no abastecimento dos municÃpios até o final de agosto. Porém, as chuvas estão previstas apenas para o final do ano”, disse, ao completar que as zonas rurais já estão sendo abastecidas por carros-pipa, o que provavelmente, também, deve ocorrer na zona urbana.
Situação crÃtica – Outro caso crÃtico é do municÃpio de Anagé, no centro-sul. Segundo Paulo, entre os meses de novembro do ano passado e abril deste ano, deveria ter chovido 650 milÃmetros no municÃpio.
No entanto, o perÃodo de chuvas não cumpriu a expectativa e choveu apenas a metade, 300 milÃmetros. “A quantidade de água esperada iria repor os mananciais, mas isso não aconteceu”, disse o superintendente Paulo Luz.
Na próxima quarta, 18, em BrasÃlia, o superintendente se reúne com representantes da Defesa Civil Nacional para tomar as medidas cabÃveis e retorno da Operação Carro-pipa com apoio do Exército Brasileiro.