O desembargador Gesivaldo Nascimento Britto foi eleito na manhã desta quinta-feira (16), o novo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), com 31 votos. A disputa contou com a participação dos 59 desembargadores, que estiveram reunidos em sessão plenária para eleger os integrantes da nova Mesa Diretora para o biênio 2018-2020.
A candidatura de Gesivaldo contava com o apoio da atual presidente da Corte, Maria do Socorro, e dos desembargadores Mário Alberto Hirs e Telma Brito. Nos bastidores, fala-se também que ele tinha a preferência do governador Rui Costa (PT).
Ele concorreu com os desembargadores José Olegário Monção Caldas (3 votos), Rosita Falcão de Almeida Maia (13 votos), Lourival Almeida Trindade (5 votos) e José Cícero Landin Neto (7 votos).
Gesivaldo era considerado favorito na eleição, conforme adiantou o colunista da Tempo Presente, Levi Vasconcelos. De acordo com a coluna Radar da revista Veja, ele é investigado em um inquérito criminal que corre no Superior Tribunal de Justiça sobre indícios de evolução patrimonial e de suposta venda de decisões judiciais.
Entre os desafios para o novo presidente está a administração do orçamento de quase R$ 2 bilhões anuais. Além disto, está em discussão na Corte a proposta de aumentar em dez o número de desembargadores, que deve ser enviada à Assembleia Legislativa até o final do ano.
Se aprovada, a proposta vai ampliar os gastos com custeio e salários, mas não resolveria o principal gargalo da Justiça baiana, que é a falta de estrutura nas varas de primeiro grau de jurisdição.
Números do CNJ mostram que é no primeiro grau que 84% dos processos ficam parados na Justiça da Bahia por falta de juízes ou servidores. É a maior taxa de congestionamento entre os tribunais de todo o País.