Nesta sexta-feira (1º), começa a alta estação na capital baiana e, e só acaba quando o Carnaval passar. O Alavontê de Santa Bárbara, em Itapuã, abre os 42 dias de festas, entre eventos públicos e privados.
A apresentação da banda Alavontê, que ocorre no anfiteatro da nova orla de Itapuã, é apenas a primeira de quase 60 opções de festas, incluindo populares – como Lavagem do Bonfim e Festa de Iemanjá -, ensaios de verão, projetos, festivais, Réveillon e Carnaval que integram o Calendário do Verão de Salvador, lançado nesta quarta (29), em São Paulo, pelo prefeito ACM Neto.
Com o calendário recheado de atrações, a prefeitura espera receber 2,4 milhões de visitantes durante o período, movimentando R$ 3,9 bilhões na economia soteropolitana. Somente na virada do ano, Salvador deve receber um público de 700 mil pessoas. Mesmo em tempo de crise, as estimativas da Empresa Salvador Turismo (Saltur) e da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) apontam um crescimento na movimentação econômica de 4,3% em relação a 2016.
“A virada de 2017/18 foi o resultado de uma estratégia iniciada em 2013 e a expectativa de todo o mercado e de agentes econômicos é que a gente tenha o melhor Verão dos últimos dez anos”, afirma Neto.
“Salvador vem recuperando a posição que tinha perdido ao longo da última década. Um intenso trabalho de recomposição foi realizado e o nosso objetivo é que a cidade se torne o principal destino turístico do Verão brasileiro”, diz o presidente da Saltur, Isaac Edington.
Do total de visitantes esperados para o Verão, 85% são de brasileiros e 15% de estrangeiros. Da demanda interna, 57% serão de baianos do interior e 43% de outros estados, principalmente São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Sergipe. Já os estrangeiros vêm, principalmente, da Argentina, Alemanha, Estados Unidos, França e Chile.
Fluxo maior – “Este ano, nós temos um Verão mais curto, teoricamente, porque o Carnaval vai cair no início de fevereiro. Vamos acabar tendo dez dias de festa, emendando o 2 de fevereiro (Iemanjá) e a Lavagem de Itapuã com o Carnaval”, aponta o titular da Secult, Cláudio Tinoco. Mesmo com o Verão mais “curto”, a divulgação do calendário busca mostrar diversidade de opções e atrair turistas por mais tempo.
A venda do destino Salvador em outras cidades também justifica o aumento do fluxo de visitantes e de movimento na economia. Em São Paulo, o Verão soteropolitano já é divulgado pelo terceiro ano. Nesta quarta, no espaço Villaggio JK, na capital paulista, Claudia Leitte, Adelmo Casé, Banda Eva, Margareth Menezes e Jau mostraram o que o visitante vai encontrar.
Para a prefeitura, a divulgação de circuitos culturais ajuda a atrair gente para cá. “A viagem de lazer começou a ser melhor colocada. Obviamente que o conjunto de promoção do destino mais conjuntura tem favorecido o fluxo”, pontua Tinoco.
Trade turístico – Quem muito sofreu com a retração econômica – principalmente do turismo – em Salvador foram os hotéis, bares, restaurantes e afins da rota turística de Salvador. Com a divulgação do Verão de Salvador, o trade comemora a ocupação hoteleira, que deve se aproximar dos 70% no período. Para o Réveillon, deve bater 100%.
“É extremamente importante a venda de Salvador como destino turístico, principalmente quando 20% do Produto Interno Bruto (PIB) de Salvador advém do turismo, fazendo com que a economia da cidade gire em torno disso”, afirma o presidente da Federação Baiana de Hotelaria e Alimentação (FeBHA), Sílvio Pessoa.
O presidente do Salvador Destination, Roberto Duran, também comemorou. “É importante ressaltar que o bom número do Verão reflete em todo o ano”, destaca.