A líder do PCdoB na Câmara, Alice Portugal, acha improvável que a reforma da Previdência ocorra no início do próximo ano. “Regimentalmente eles podem convocar [sessão extraordinária], mas politicamente está comprovado que o governo caminha com negociatas, mas não alcançou número suficiente para votar. E, se não tem agora, não vão ter em janeiro”, desafiou.
Alice confirmou que dentro do Plenário da casa haviam informações conflitantes sobre a decisão de adiar a votação. “Eles estão tendando desautorizar o Jucá”, afirmou. “Acredito que não sendo votada agora, ela [a Reforma] acaba de ser sepultada”, o que, na avaliação dela, seria uma vitória da oposição, dos movimentos sociais e sindicais”.
O baiano José Rocha, líder do PR na Câmara Federal, definiu como uma “cautela prudente” adiar a votação, para que o governo ganhe mais tempo para fazer campanhas em favor da reforma. Para Rocha, “pior do que não votar, é votar e perder”.
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), disse que votar em fevereiro estaria “dentro do cronograma”, e que “não entendia o motivo da balbúrdia” pelo anúncio [de Jucá]”.