23 de novembro de 2024
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Secretária do Tesouro Nacional diz que próximo governo terá de fazer escolhas difíceis

Secretária do Tesouro Nacional diz que próximo governo terá de fazer escolhas difíceis

Primeira mulher a comandar o Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta terça-feira (26), que o Brasil tem encontro marcado com a discussão sobre as despesas obrigatórias, como pagamento de aposentadorias e salários do funcionalismo.

Ela disse que é preciso ficar claro para a sociedade que dar reajustes a servidores significa reduzir verbas de políticas que atingiriam a população como um todo em áreas como saúde e educação. Medidas para 2018 não foram aprovadas e a reforma da Previdência foi adiada. Para ela, “seja qual for o governo, por algum tempo o País terá de fazer escolhas difíceis. O excesso de rigidez do Orçamento, de indexação de despesas obrigatórias e o impacto da tendência demográfica sobre as despesas estão levando à baixa qualidade na alocação dos recursos públicos. Isso terá de ser enfrentado”.

Questionada se não foram tomadas medidas para reduzir a rigidez orçamentária, ela afirmou que a questão “não está sendo endereçada. O Orçamento de 2018 poderá ser bastante pedagógico. Temos a discussão do reajuste dos servidores. A postergação poderia reduzir despesas obrigatórias em R$ 6 bilhões em 2018. Sem ela, vai ficar um espaço mais restrito para despesas importantes. Estamos falando em trocar um benefício para um grupo já muito privilegiado por mais recursos para o Fundo Nacional de Assistência Social, por exemplo. Teremos menos dinheiro para conservação de estradas que têm excesso de acidentes, com ônus para o sistema de saúde. Essa troca tem que ficar mais clara para a sociedade”.




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