Mesmo após o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano à Presidência, disse neste sábado (13), que “é nítida da recuperação da economia” do País e defendeu a necessidade da reforma da Previdência para evitar “voo de galinha”.
“É nítida a recuperação da economia. Acho que estamos, depois de mais de três anos de recessão, em um processo de recuperação econômica que é muito importante. De emprego. Agora, isso precisa ter sustentabilidade. Não precisamos ter voos de galinha, precisamos ter crescimento que se sustente, e para isso precisa ter agenda de reformas”, afirmou, durante um evento do governo na Estação Vila Prudente do Metrô.
Sobre o rebaixamento da nota de crédito do Brasil, o tucano disse que a aprovação da reforma da Previdência é a primeira resposta para enfrentar o problema fiscal do País.
“Claro que não é uma boa notícia, mas eu acho que é possível recuperar. É evidente que há um problema fiscal que precisa ser enfrentado rapidamente. E acho que a primeira resposta a isso deve ser a aprovação da reforma da Previdência”, disse.
Nesta sexta, 12, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s informou que rebaixou a nota de crédito do Brasil em razão de “constantes” atrasos na aprovação das novas regras nas aposentadorias.
Elogio. Perguntado sobre a reportagem do Estado de hoje, segundo a qual presidente Michel Temer elogiou o governador paulista como uma forma de frear atrito entre dois aliados – o presidente da Câmara dos Deputados e o ministro da Fazenda –, Alckmin se disse “muito honrado”.
Em entrevista ao Estado, Temer afirmou que Alckmin preenche os requisitos de “segurança e serenidade” esperados pelos brasileiros e se disse “amigo do Geraldo há muitos anos”. Também classificou a falta de apoio do governador na época em que sofreu duas denúncias como assunto passado.
Na mesma entrevista, Temer admitiu preferir que o ministro Henrique Meirelles (PSD) continue na Fazenda e opinou que o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) tende a disputar a reeleição à Presidência da Câmara. Ambos são, como Alckmin, pré-candidatos à Presidência.
Perguntado, o tucano não quis falar das declarações de Temer sobre Meirelles e Maia.