Ainda sob efeitos do Ba-Vi do último domingo (18), o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (19) na qual serenidade e reflexão foram as palavras de ordem.
“Estamos em um momento de grande reflexão. O que cabe ao Bahia é ter serenidade. É nessa hora que a gente conhece o tamanho de um clube”, afirmou Bellintani, que por todo o dia se mostrou pacífico, porém não resignado.
Mesmo informado da publicação da súmula e, por consequência, do triunfo de seu time por 3 a 0 – como consta o regulamento da CBF para casos onde se excede o número limite de expulsões por time –, Bellintani revelou que esta não seria sua preocupação. O coro de “os três pontos são pouco relevantes” foi entoado diversas vezes.
A suposta combinação na expulsão do quinto jogador titular do Vitória, acarretando o término precoce da partida, foi o que mais consternou Bellintani. Ele, inclusive, cobrou uma postura “correta e rígida” da Federação Bahiana de Futebol ante a atitude do rival. “O que a gente espera da FBF é esta mesma serenidade, de fazer uma autocrítica, reconhecer erros”.
Em entrevista ao canal Esporte Interativo, Bellintani foi mais enfático em dizer qual a posição assumirá. “É muito mais em relação à Federação e ao futuro do campeonato, para que todos os responsáveis sejam punidos. Minha questão principal é a do abandono de campo, pois se tomarmos medidas disciplinares frágeis, estaremos sepultando o campeonato baiano”.
Por fim, ele chegou a dizer, à Rádio Sociedade, que “se os organizadores [FBF] não aplicarem uma punição severa aos envolvidos, o Bahia não participará mais do Campeonato Baiano”.
Bellintani disse não acreditar que tal decisão tenha partido da presidência do Vitória, mas revelou ter ficado com a impressão de uma “conexão” entre o banco de reservas e o camarote dos dirigentes rubro-negros. “Foi uma ação projetada pelo técnico”, afirmou.
Foto: Felipe Oliveira/E.C.Bahia