O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação, está ampliando a oferta de cursos da Educação Profissional e Tecnológica para o ano letivo de 2018, e uma das novidades é a expansão do número de vagas e de cursos do Eixo Tecnológico de Produção Cultural e Design. Agora, a rede oferta 14 cursos só neste eixo, o dobro em relação a 2017 (Canto, Cenografia, Composição e Arranjo, Comunicação Visual, Conservação e Restauro, Dança, Figurino Cênico, Instrumento Musical, Multimídia, Processos Fotográficos, Produção de Áudio e Vídeo, Publicidade, Regência e Teatro). Com isso, a oferta passou de cinco para 16 Núcleos Territoriais de Educação (NTE), de oito para 22 municípios, de 11 para 18 unidades escolares.
O superintendente da Educação Profissional e Tecnológica, Durval Libânio Netto, explica as razões que levaram à expansão dos cursos e da oferta na Bahia. “As mudanças têm o objetivo de proporcionar aos estudantes a capacitação para criar conteúdos culturais sobre os Territórios de Identidade baianos onde residem, incluindo seus aspectos sociais, econômicos e ambientais. A formação é voltada para o mundo do trabalho, com disciplinas de empreendedorismo e gestão, o que valoriza, ainda mais, o profissional da economia criativa para atuar na sua região”, afirmou.
Segundo Durval, a decisão ocorreu em sintonia com a implantação do projeto Escolas Culturais, que abre as escolas estaduais para a comunidade, potencializando os projetos artísticos e culturais já existentes e fomentando novas atividades no Território de Identidade, que aliam Educação, Arte e Cultura, promovendo o protagonismo estudantil. “Com a proposta das Escolas Culturais de incentivar a produção e a valorização da cultura do Território de Identidade onde está inserida, estamos também implantando cursos técnicos como uma alternativa para as diversas ações que ocorrem nas escolas. A ideia é que todas as unidades que recebem o projeto sejam beneficiadas com a inclusão de cursos deste Eixo”, disse, ao afirmar, que das 18 escolas com ofertas do Eixo Produção Cultural e Designer, 11 têm o projeto Escolas Culturais.
Matriz curricular – Outra novidade é a reformulação do currículo com a redução de carga-horária, tendo em vista que os cursos passam a ser ofertados em um ano, e com a inserção de novas disciplinas, como as de Empreendedorismo e Intervenção Social e Política e Gestão Cultural. A disciplina de Empreendedorismo e Intervenção Social está voltada para a difusão da prática de empreendedorismo em diversos setores da cultura, conscientizando os alunos sobre a dinâmica econômica do setor cultural, envolvendo conceitos da economia da cultura. Já a disciplina de Política e Gestão Cultural visa estimular o estudante por meio de reflexões e práticas sobre o universo da cultura na contemporaneidade, realizando uma maior aproximação com seus Territórios de Identidade e com temas ligados às culturas brasileiras e baianas, as políticas culturais, além da organização da cultura (gestão, planejamento, programação, produção).
Foto: Divulgação/GOVBA