Moradores da cidade de Barra da Estiva, no Sudoeste da Bahia, realizaram uma passeata nesta quinta-feira (8) em protesto contra a violência e para pedir paz. O ato ocorreu após o assassinato de Zemário Luz Caires, 38 anos, que era diretor de uma escola da região e que foi morto a tiros durante na porta da casa onde morava.
O crime ocorreu na noite de terça-feira (6), no povoado do Rio Preto, na zona rural da cidade. A vítima, que levou quatro tiros, teve uma moto roubada. O veículo foi localizado e recuperado pelos policiais na manhã do dia seguinte, em um córrego na região de Riacho das Pedras, também, na zona rural. Ainda não há informações sobre a autoria do crime, e ninguém foi preso.
A manifestação nesta quinta ocorreu no bairro das Nações, no centro da cidade, e contou com a participação de centenas de moradores. O ato foi realizado mesmo com chuva. Os manifestantes levaram faixas e cartazes para a rua para cobrar mais segurança. Numa das faixas estava escrito: “Que não nos falte esperança para vivermos em paz!’.
Logo depois da passeata, os moradores se concentraram na praça principal da cidade. Entre os manifetantes estava o administrador de empresas Irineu Freitas, primo de Zemário. “Que a justiça seja feita e que esse assassino seja preso e pague pelo que fez. Não é justo uma pessoa, para roubar uma moto, tirar a vida de outra, dar quatro tiros em um educador, abandonar a moto e roubar a vida de um cidadão, de um professor de bem”, disse.
Após o diretor da escola ser atingido pelos disparos, a Polícia Militar foi chamada e encaminhou a vítima, com ajuda de populares, para o Hospital Hospital Suzi Zanfretta, mas ele não resistiu aos ferimentos.
O delegado de Barra da Estiva, Marco Torres, que investiga o crime, disse que a polícia investiga a posibilidade de latrocínio, já que a motocicleta foi levada. Segundo ele, nenhuma testemunha teria presenciado o crime. O local também não conta com câmeras de segurança que facilitem a identificação do autor.
A morte do diretor da escola comoveu a cidade. Na quarta-feira, os moradores também se mobilizaram e realizaram uma carreata em protesto. “Ele era uma pessoa querida na cidade e, a princípio, uma pessoa indônea”, disse o delegado Marco Torres.