Sebastián Piñera tomou posse da presidência do Chile neste domingo (11), em cerimônia realizada em Valparaíso. Ex-presidente conservador e representante da coalização de centro-direita “Chile Vamos”, ele venceu o segundo turno das eleições, contra o adversário de centro-esquerda Alejandro Guillier. Piñera sucede a socialista Michelle Bachelet.
O político já foi presidente entre 2010 e 2014. Dessa vez, deve enfrentar o desafio de governar com um Congresso dividido e a pressão de movimentos sociais que desejam aprofundar as reformas que Bachelet deixou inconclusas.
O socialista Carlos Montes, novo presidente do Senado, tomou o juramento de Piñera e lhe entregou a faixa presidencial, cedida por Bachelet, que ajudou o novo presidente a arrumá-la.
Entre os presentes na cerimônia, estavam os presidentes Michel Temer, Maurici Macri, da Argentina, Enrique Peña Nieto, do México, Pedro Pablo Kuczynski, do Peru, e Lenín Moreno, do Equador, além do rei emérito da Espanha, Juan Carlos I.
Depois da cerimônia, Piñera iria acompanhado da primeira-dama, Cecilia Morel, a Cerro Castillo para almoçar com seus convidados e, depois, viajará à capital Santiago, onde pronunciará seu primeiro discurso como presidente.
Após participar da posse de Piñera, Michel Temer destacou os “fortíssimos” laços comerciais com o Chile. “Brasil e Chile têm uma relação comercial fortíssima e nós compartilhamos de uma visão de mundo parecida”, escreveu Temer em sua conta no Twitter.
Segundo o Itamaraty, o Brasil é primeiro parceiro comercial do Chile na América do Sul. Já o Chile, o segundo parceiro comercial do Brasil na região. O fluxo comercial entre os dois países chegou a US$ 8,5 bilhões no ano passado.
O novo Congresso do Chile foi formado pouco antes da posse de Piñera. O ambiente está fortemente fragmentado, e o novo presidente não conta com a maioria absoluta.