O Dia Internacional da Síndrome de Down, 21 de março, é uma excelente oportunidade de refletirmos sobre as formas de colaborar para melhoria da qualidade de vida das pessoas com essa característica. A Síndrome de Down é uma alteração cromossômica bastante frequente, ocorrida devido a uma carga genética extra – o cromossomo 21 – desde o desenvolvimento embrionário.
A SD caracteriza-se por alterações físicas e alterações no sistema neuromotor, cognitivo e sensorial, dentre outras, que podem se manifestar como atrasos no desempenho de atividades funcionais. Sendo assim, as crianças com Síndrome de Down possuem algum comprometimento nos principais marcos do desenvolvimento, além de dificuldades de integração perceptiva, problemas que serão trabalhados através da intervenção fisioterapêutica precoce.
“A estimulação precoce ou essencial é um tipo de prevenção secundária, cujos objetivos são evitar e/ou amenizar distúrbios do desenvolvimento neuropsicomotor”, explica a Diretora Médica da Apae Salvador, Helena Pimentel. O tratamento precoce é indicado como uma forma de aumentar a interação do indivíduo com o ambiente, obtendo respostas motoras próximas ao padrão da normalidade e prevenindo a aprendizagem de padrões atípicos de movimento e postura.
A Apae Salvador, que completa 50 anos em atendimento com credibilidade consolidada, possui um serviço no Setor de Estimulação Precoce realizado por fisioterapeuta. As sessões acontecem em média 2 vezes por semana, com 30 minutos de duração, nas quais são realizados manuseios e estímulos, através do uso de rolos, bola suíça e outros recursos com o objetivo de facilitar aquisições motoras, correção postural e adequação de tônus. Além disso, são fornecidas orientações às famílias sobre a importância da continuidade dos estímulos em casa para o desenvolvimento global da criança, estabelecendo assim, o vínculo afetivo-emocional com a mesma.
A criança é encaminhada às outras terapias como terapia ocupacional e fonoterapia que também são extremamente importantes para estas crianças. Algumas características da síndrome de Down como hipotonia, protrusão lingual, dificuldades de deglutição e fonação, são especificamente trabalhadas pelos fisioterapeutas e fonoterapeutas.
Já o trabalho do terapeuta ocupacional envolve, no caso de crianças, comer com colher, beber no copo, usar o banheiro, entre outras. Ele procura atuar na estimulação e aquisição de habilidades motoras finas, intelectuais e afetivas, estimular o desenvolvimento neuropsicomotor através do brincar, vivências relacionadas com o seu cotidiano e de desempenho funcional nas atividades escolares (motoras gráficas e cognitivas), visando o ganho máximo de independência e autonomia na família, escola e na sociedade.
Vale lembrar que os profissionais da Apae atendem pelo SUS, convênios e particular. Basta ligar para o telefone de marcação de terapias: 3270-8378. Atualmente, a Apae atende em torno de 107 crianças com Síndrome de Down.