O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, participa de uma audiência no Senado dos Estados Unidos nesta terça-feira (10) para prestar esclarecimento sobre o escândalo do uso inadvertido dos dados de 87 milhões de usuários pela consultoria política Cambridge Analytica e as formas como a rede social protege a privacidade em sua plataforma.
A audiência conjunta é realizada entre os comitês de Justiça e do Comércio, Ciência e Transportes, ambas do Senado dos EUA. Na quarta, será a vez da Câmara dos Deputados. Lá Zuckerberg falará diante do Comitê de Energia e Comércio.
“Nós temos a responsabilidade de não apenas construir ferramentas, mas assegurar que elas sejam usadas para o bem”, afirmou Zuckerberg.
A audiência de Zuckerberg provocou o maior burburinho no Senado desde as audições da Microsoft nos anos 1990. Dos 100 parlamentares que a Casa possui, 44 participam da sessão.
Em seu discurso de abertura, o CEO do Facebook afirmou que os dados coletados pelo desenvolvedor do teste que gerou todo o escândalo foram vendidos pela Cambridge Analytica. Essa é a primeira vez que a rede social admite ou assume isso.
“Estamos aqui por uma quebra de confiança”, afirmou o senador John Thune, presidente da comissão de Comércio, Ciência e Transportes, em seus comentários iniciais. “Uma das razões para tantas pessoas estarem preocupadas com isso é porque isso diz sobre como o Facebook trabalha.”
Para ele, o “sonho americano” de Zuckerberg, ao criar o Facebook, pode se tornar um “pesadelo de privacidade” para americanos.
Sen. Durbin presses Zuckerberg on privacy issues, asking: "Would you be comfortable sharing with us the name of the hotel you stayed in last night?" Zuckerberg laughs and says, "No." https://t.co/WLR9DXQSLP pic.twitter.com/yMlYe4JRlz
— CNN International (@cnni) 10 de abril de 2018