A pré-candidata à Presidência da República pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Manuela D’Ávila, lançou na segunda-feira (16), no Teatro Oficina, em São Paulo, o manifesto “Liberdade para o Brasil, para Lula e para as brasileiras e brasileiros”. O evento foi aberto ao público e contou com a presença de parlamentares, autoridades e representantes de movimentos sindicais.
Nomes como Jean Wyllys, deputado federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-RJ), Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Eduardo Suplicy, vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT-SP), Leci Brandão, deputada estadual pelo PCdoB-SP, líderes de movimentos estudantis, entre outros, compareceram no local.
O documento, elaborado por Manuela e lido por ela ao final do ato, apresenta os principais pontos de seu projeto de governo para o País. No manifesto, a pré-candidata abordou assuntos como segurança, saúde pública, reforma tributária e iniciativas para combate à violência contra as mulheres e a população LGBT.
“Executaremos uma política externa independente, comprometida com a paz e com a ampliação das relações internacionais do Brasil, ao mesmo tempo em que investiremos em uma estratégia e em um aparato de defesa à altura de um país grande e rico como o nosso”, diz o texto.
O momento também serviu para os presentes se solidarizarem com a prisão do ex-presidente Lula, detido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril. Inicialmente o evento seria apenas para o lançamento de sua pré-candidatura, mas, devido ao ocorrido, Manuela optou pela junção dos temas.
“A minha pré-candidatura tem hoje como um de seus compromissos dizer que não podemos permitir que falte um nome na disputa eleitoral. Nas ruas, nos comícios, nas caminhadas, nos debates, não podemos aceitar que esteja faltando Lula”, afirmou a pré-candidata no documento.
Em outro trecho, Manuela declarou que uma de suas primeiras atitudes como presidente da República seria criar um Plano Nacional de Segurança Pública para erradicar a violência e reforçar a segurança, pois, segundo ela, “somos o País em que as polícias mais matam, mas também somos o País em que as polícias mais morrem. É uma guerra de povo contra povo”.
Durante o ato, os convidados puderam fazer um pequeno discurso. Jean Wyllys foi um dos primeiros a falar e, de acordo com o deputado, “as esquerdas nunca estiveram tão fortes. Prova disso seria o somatório das intenções de votos dos postulantes deste campo, nas últimas pesquisas”. O parlamentar ainda brincou ao dizer que, se seu voto não fosse de Guilherme Boulos, membro da Coordenação Nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, seria de Manuela.