24 de novembro de 2024
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Governo investiga prática de locaute pelas empresas transportadoras

Governo investiga prática de locaute pelas empresas transportadoras

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou na noite desta quinta-feira (24) que o governo apura se houve prática de locaute pelas empresas de transporte durante o movimento dos caminhoneiros pela redução do preço do diesel.

Há quatro dias, o movimento provoca bloqueios nas estradas em todo o país, desabastecimento nos postos de combustível e corrida a supermercados por parte de consumidores que, com receio de escassez, decidiram fazer estoque de gêneros alimentícios.

Locaute é a prática pela qual empresas impedem empregados de trabalhar em razão dos próprios interesses e não das reivindicações dos trabalhadores. No caso do movimento dos caminhoneiros, do qual participaram autônomos (sem vínculo empregatício com transportadoras), haveria interesse direto das empresas de forçar a redução do preço do diesel.

“Eu diria que nós temos indícios de uma, digamos assim, uma aliança, um acordo entre os caminhoneiros autônomos e as distribuidoras de transportadores”, afirmou o ministro Jungmann. Segundo ele, “isso é grave porque isso representa indícios de locaute”.

“Evidentemente que estamos verificando isso porque locaute é ilegal e não é permitido pela lei”, declarou o ministro.

Jungmann afirmou que, se ficar comprovada a prática de locaute pelas empresas, serão tomadas “as providências cabíveis”. “Mas, por enquanto, nós estamos averiguando, estamos checando essas informações”, disse.

Na noite desta quinta-feira, após mais de seis horas de reunião no Palácio do Planalto, ministros do governo e representantes de entidades de caminhoneiros anunciaram uma proposta de acordo para suspender por pelo menos 15 dias a paralisação da categoria.

Pelo texto do acordo, assinado por oito entidades de transportadores, os representantes dos caminhoneiros ficaram de submeter a proposta aos manifestantes, a fim de deliberar sobre a suspensão do movimento.




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