A Petrobras conta com grandes estoques de combustíveis em suas refinarias para enfrentar uma greve de 72 horas de petroleiros a partir de quarta-feira (30), após os protestos de caminhoneiros reduzirem fortemente as saídas dos produtos das unidades desde o início da semana passada, disseram uma fonte da empresa e a própria federação dos petroleiros.
“O que posso dizer é que nossos estoques estão abarrotados e entupidos porque muita coisa não saiu das refinarias”, afirmou a fonte, na condição de anonimato, em referência aos protestos de caminhoneiros que ocorrem em grande parte do Brasil desde o dia 21 de maio, prejudicando o abastecimento nos postos.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) convocaram a categoria para uma greve nacional de advertência de 72 horas. Entre as reivindicações, os sindicalistas colocam a redução dos preços dos combustíveis e a saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Além das refinarias, os trabalhadores devem aderir ao movimento nas plataformas de petróleo, terminais da Transpetro e térmicas, entre outras unidades.
Normalmente, a Petrobras coloca equipes de contingência para evitar impactos significativos na produção durante as greves. Com os protestos de caminhoneiros entrando no nono dia nesta terça-feira (29), no entanto, havia alguma preocupação de que a greve dos petroleiros pudesse ter um impacto maior do que o registrado historicamente.