Apenas cinco dias depois de conquistar o seu terceiro título seguido da Liga dos Campeões da Europa como treinador, feito obtido com uma vitória por 3 a 1 sobre o Liverpool, em Kiev, na Ucrânia, Zinedine Zidane surpreendeu nesta quinta-feira (31) ao anunciar a sua saída do Real Madrid. Ídolo do clube também como jogador, o francês deixa o cargo após duas temporadas e meia à frente da equipe espanhola.
Embora tenha feito história ao levar o clube a três troféus continentais, o comandante afirmou que considerou este o “momento certo” para o clube e para ele promoverem uma mudança, deixando claro também que já está plenamente realizado com os feitos que atingiu representando o time.
Zidane ganhou nove títulos como treinador do Real Madrid. Além das três Liga dos Campeões, faturou um Campeonato Espanhol, uma Supercopa da Espanha, duas Supercopas da Europa e dois Mundiais de Clubes da Fifa.
Antes técnico do time B do Real, Zidane foi efetivado como comandante do time principal do clube em janeiro de 2016. Embora tenha chegado ao cargo cercado de incertezas, pois nunca havia dirigido outro clube profissionalmente, ele superou com sobras as expectativas e fez história ao se tornar o primeiro técnico a ganhar por três vezes consecutivas a Liga dos Campeões.
Em uma coletiva de imprensa convocada para esta quinta-feira, Zidane anunciou a sua decisão ao lado do presidente do Real, Florentino Pérez, que considerou a saída do francês como “totalmente inesperada” e destacou que este é um “dia triste” para o clube e seus torcedores.
O técnico, porém, preferiu deixar o cargo no auge do sucesso e abrir espaço para um novo treinador que deverá ser contratado em breve. “Tomei a decisão de não seguir”, afirmou Zidane, para depois justificar: “Este time deve seguir ganhando e precisa de uma mudança para isso. Depois de três anos, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho e por isso tomei esta decisão”.
Zidane, que comunicou a decisão na quarta-feira ao presidente do Real e ao capitão Sergio Ramos antes de anunciá-la, assegurou também que não pretende treinar um outro clube na próxima temporada europeia.
Aos 45 anos de idade, o ex-meio-campista também deixou o comando do Real com números impressionantes como técnico. Ele dirigiu a equipe em 149 partidas, ganhou 104 delas, empatou 29 e perdeu apenas 16. Neste período, o time marcou 393 gols.