O Ministério das Relações Exteriores iraquiano informou que o Papa Francisco pretende viajar ao país em breve, após a formação do novo governo nas eleições parlamentares e a derrota do grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS). Através de um comunicado divulgado em seu site, a entidade indicou que a possível visita do Santo Padre ao Iraque foi um dos temas da recente conversa entre o Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, e o Embaixador do Iraque ante a Santa Sé, Omer Berzinji.
O texto observa que o Cardeal Parolin “destacou a importância da visita do Papa Francisco ao Iraque depois da vitória contra o ISIS e como parte do apoio contínuo da Santa Sé ao Iraque e o seu desejo de fortalecer as relações bilaterais entre os dois países”. O Purpurado afirmou que o Pontífice “tem a intenção de visitar o Iraque depois da formação do novo governo iraquiano”, após as eleições parlamentares na nação árabe que aconteceram em 12 de maio.
Segundo o comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Iraque, com esta possível viagem apostólica, o Papa Francisco pretende levar a esse país “uma mensagem de paz e solidariedade às diferentes religiões, especialmente depois da vitória dos iraquianos sobre o grupo terrorista do ISIS”. O Cardeal Parolin também parabenizou Berzinji pela próxima criação cardinalícia do Patriarca católico caldeu da Babilônia, Dom Louis Raphael Sako, que acontecerá em 29 de junho no Vaticano.
No início de maio, Vatican News divulgou uma entrevista com o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, que assegurou que o Santo Padre está disposto a viajar ao Iraque e à Síria, se as condições de segurança permitirem. O Estado Islâmico invadiu várias aldeias cristãs da Planície de Nínive e da cidade de Mossul em meados de 2014. Além disso, os terroristas assassinaram e sequestraram os cristãos, obrigando-os a abandonar seus lares e destruíram as suas propriedades e templos.
Os jihadistas foram derrotados e expulsos da região entre 2016 e 2017. Em dezembro de 2017, o primeiro ministro iraquiano Haider al Abadi anunciou “o fim da guerra” contra o ISIS. Atualmente, a Igreja Católica local desenvolveu diversas iniciativas para reconstruir as igrejas e as casas destruídas, a fim de motivar a volta dos cristãos refugiados.