O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), disse nesta quinta-feira (14), durante o inicio da emissão de carteiras de trabalho pelas Prefeituras-bairro na Ribeira, que estranhou as ações dos Ministérios Públicos Federal e do Estado da Bahia recomendando a suspensão da obra do BRT e o cancelamento do contrato com a Caixa Econômica Federal.
“A prefeitura fez quatro audiências públicas e tem agido com o máximo de transparência. A imprensa acompanhou tudo desde o primeiro momento quando nós apresentamos o projeto conceitual, depois quando foram apresentados os detalhamentos, depois quando foi debatida essa matéria com a população, depois com a licitação, com a ordem de serviço. Aí a obra começa e vem esse tipo de iniciativa? Aí, realmente, eu não posso respeitar esse tipo de coisa porque é contra a cidade. Me perdoem, com todo o respeito que eu tenho ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual, mas eles estão fazendo uma coisa contra a cidade. E vamos utilizar todos os meios necessários para fazer defender o interesse de Salvador”, afirmou o gestor.
Ele disse que “estranhou muito” as ações dos MPs contra o BRT, sobretudo do Ministério Público Estadual que, na sua opinião, não teve a mesma postura em relação à obra do Metrô, que teria suprimido duas mil árvores da Paralela.
“A Paralela era o ‘parque verde’ contínuo da cidade e hoje, se a Paralela não está mais agredida, é porque a Prefeitura não deixou. Nós procuramos exigir todo o plano de recomposição da arborização, de paisagismo e de preservação da natureza. Esses mesmos cuidados nós temos com o BRT. Não entendo de fato como tratar coisas muito próximas assim. O BRT tem um impacto muito menor na fauna e na flora do que teve o metrô e agora vem o Ministério Público agora querendo criar esse tipo de confusão”, reclamou.
ACM Neto disse ainda esperar que não tenha nenhum interesse que não seja o mais legítimo por trás das iniciativas dos MPs. “Mas eu vou enfrentar esse assunto e vou defender o BRT com todas as forças a obra perante a Justiça e a obra continua porque não há nada que impeça a obra de continuar”, concluiu.