A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse que quer ouvir os depoimentos de mais seis pessoas, incluindo o do ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, no inquérito que envolve o presidente da República Michel Temer, em um suposto repasse irregular de R$ 10 milhões da empreiteira ao partido MDB.
A investigação teve início após a delação de ex-executivos da empresa e também envolve os os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia).
As pessoas que o órgão quer ouvir são Marcelo Odebrecht, dono da Odebrecht; Fernando Migliaccio, ex-funcionário da Odebrecht; Ibanez Filter, ligado a Eliseu Padilha; Vinícius Claret, doleiro conhecido como Juca Bala, suspeito de lavar dinheiro no esquema de Sérgio Cabral; Cláudio Barbosa, doleiro suspeito de lavar dinheiro no esquema de Sérgio Cabral; José Eduardo Cavalcanti de Mendonça, marqueteiro Duda Mendonça.
Segundo o portal G1, a informação está em um documento apresentado na última quinta-feira (14), no qual Dodge concorda com a prorrogação do prazo para apuração do caso em mais 60 dias. A procuradora defente também que a Polícia Federal, analise os celulares utilizados pelos delatores Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho, da Odebrecht, na época do ocorrido. “A Procuradora-Geral da República requer a prorrogação do prazo para a conclusão do inquérito epigrafado, por mais sessenta dias (…) considerada a existência de diligências pendentes e necessárias ao deslinde das investigações”, diz o documento.
Com isso, cabe agora ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin relator da Operação Lava Jato decidir sobre a prorrogação do prazo do inquérito.
