O presidente da Audi, Rupert Stadler, foi preso nesta segunda-feira (18), na Alemanha, por envolvimento no caso do “dieselgate”, o escândalo dos motores a diesel do grupo Volkswagen, do qual a marca de luxo faz parte.
A Volkswagen confirmou o fato, informando que a detenção é temporária. Promotores de Munique fizeram buscas na casa de Stadler na semana passada durante a investigação de suspeita de fraude e impropriedades indiretas.
A Promotoria de Braunschweig impôs à Volkswagen na semana passada uma multa de 1 bilhão de euros pela manipulação das emissões de gases poluentes em motores diesel, que a aceitou e não recorrerá.
Deste modo termina o processo para a Volkswagen, que esperava na semana passada que tivesse “efeitos positivos notáveis” sobre outros processos que o grupo e suas filiais têm em outros países da Europa.
Um total de 20 pessoas ainda estão sob suspeita na investigação que apura se outros carros do grupo Volkswagen estariam equipados com um software que desativa os controles de emissões durante a condução regular.
Em novembro de 2015, dois meses depois de a fraude da Volkswagen vir à tona, a Audi admitiu que seus motores 3.0 litros V6 a diesel tinham o dispositivo que reduzia a emissão de poluentes apenas quando os carros passavam por testes.
A Volkswagen se declarou culpada de acusações nos Estados Unidos, país onde dois de seus gerentes estão presos e um acordo custou cerca de US$ 25 bilhões.
O acordo prevê a recompra total de 500 mil veículos na América do Norte, em processo que deve continuar até o final de 2019. Com tantos veículos recomprados, a empresa precisou arrumar espaço para guardar as unidades por todo os Estados Unidos.