Philippe Coutinho está concentrado em Moscou com a seleção brasileira à espera do jogo decisivo contra a Sérvia, na quarta-feira. Mas, na tarde desta segunda (25), o meio-campista se emocionou com um pequeno morador da Vila Cruzeiro, uma favela localizada no bairro da Penha, no Rio de Janeiro.
Wallace, de 12 anos, assistia à partida do Brasil contra a Costa Rica em uma rua da favela onde nasceu quando foi fotografado vestindo uma camisa do Brasil improvisada. Sem dinheiro para comprar um uniforme oficial, vendido nas lojas por R$ 250, Wallace pintou com uma caneta verde o nome de Coutinho e o número 11. O fotógrafo Bruno Itan, que tem se dedicado a registrar imagens de favelas da cidade durante os jogos do Brasil, foi o autor da foto, que chegou ao craque do Barcelona menos de quatro horas após Bruno postar um pedido de ajuda nas redes sociais.
“O que me chamou atenção no Wallace foi sua criatividade. Ele não tem dinheiro, mas nem por isso deixou de torcer com o nome e o número do seu jogador favorito”, disse Bruno, criador do projeto Olhar Complexo, que ensina crianças e adultos do Complexo do Alemão, onde ele mora, a fotografar. “Antes de fotografar, eu o vi e fiquei esperando o Coutinho passar na tela, na hora do hino nacional, para compor a foto. Mas não falei com ele naquele dia, só consegui encontrá-lo depois, também com ajuda dos amigos nas redes sociais”, conta Bruno.
Menos de quatro horas após a publicação da foto, veio a surpresa: Coutinho curtiu a foto e, depois, escreveu um comentário público, no Instagram de Bruno: “A foto chegou aqui!! Te mandei mensagem no privado, quando puder você responde!”. A mensagem privada foi assim: “Fala Bruno, tudo bem?! Vi a foto desse menino e fiquei emocionado e com vontade de conhecê-lo. Vi também que através da sua postagem você tinha como entrar em contato com ele! Um abraço e aguardo uma resposta!”.
Desde que Coutinho reagiu à postagem, a foto viralizou: até o momento da publicação, eram quase duas mil curtidas. Bruno conta que ficou emocionado com a mensagem do jogador: “Foi uma corrente do bem que fez a foto chegar ao Coutinho. Só foi possível com a ajuda dos amigos. Fiquei emocionado com a simplicidade dele”, disse.
Wallace ainda não sabe da novidade. “A família dele é muito humilde. Tomara que sua vida mude a partir de agora”.