Os ministros Gilmar Mendes e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizaram nesta quinta-feira (28) a prorrogação de prazo dos inquéritos que investigam, respectivamente, os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Renan Calheiros (PMDB-AL).
O inquérito sobre Renan Calheiros apura suposto pagamento de doações ilícitas da empreiteira Odebrecht para a campanha de Renan Calheiros Filho (PMDB) ao governo de Alagoas.
O ministro Edson Fachin, relator do inquérito, acatou pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e prorrogou em 60 dias o prazo para conclusão das investigações.
Segundo a denúncia do Ministério Público, cerca de R$ 800 mil foram repassados à campanha de Renan Filho a pedido do senador Renan Calheiros em troca de aprovação de legislação favorável aos interesses da Odebrecht. Pai e filho são investigados no processo. O senador diz que não há provas e nega ter cometido irregularidades.
Outro inquérito prorrogado investiga o senador Aécio Neves e o suposto pagamento de vantagens indevidas pela Odebrecht para a campanha do tucano à Presidência da República, em 2014. Aécio contesta as acusações.
O ministro Gilmar Mendes, relator do inquérito, também prorrogou por 60 dias o prazo para conclusão das investigações.