O governo do Reino Unido anunciou nesta terça-feira (03) que proibirá os tratamentos de reorientação sexual, como parte de um novo plano de ação para uma sociedade mais inclusiva com o coletivo LGBT. A primeira-ministra britânica, Theresa May, iniciou o programa em defesa dos direitos de lésbicas, gays, transexuais e bissexuais, que conta com orçamento de 5 milhões de euros.
Mais de 108 mil pessoas LGBT participaram de uma pesquisa governamental para elaborar o programa, das quais 2% admitiram ter recorrido a tratamentos de conversão sexual, enquanto 5% afirmaram que tinham recebido ofertas nesse sentido.
“Consideraremos todas as opções legislativas e não legislativas para proibir a promoção ou a oferta de tratamentos de conversão”, diz o plano de ação divulgado pelo governo britânico.
Além disso, dois de cada três consultados indicaram que evitam dar a mão em público a seu parceiro do mesmo sexo por medo de uma reação ruim, enquanto 23% afirmaram que companheiros de trabalho tinham respondido de forma negativa ao saber de sua homossexualidade.
Nesse sentido, a chefe do Executivo britânico declarou que o Reino Unido “pode sentir-se orgulhoso de ser um líder mundial” no que se refere aos direitos LGBT, embora tenha ressaltado que o resultado da pesquisa lhe permitiu ver quais são as áreas nas quais pode melhorar a vida desse coletivo.
“Fiquei sob impacto pela quantidade de respostas que diziam que não podiam ser abertas com sua orientação sexual”, lamentou.
“Ninguém nunca deveria ter de esconder quem é ou a quem ama”, destacou May, antes de ressaltar que o plano do governo representa “passos concretos” para conseguir uma mudança “real e durável” na sociedade.