As seleções da França e Bélgica se enfrentam nesta terça-feira (10), às 15h (horário de Brasília), em São Petersburgo na primeira semifinal da Copa do Mundo da Rússia. O confronto colocará em cheque a capacidade atlética dos ‘Bleus’ contra o talento ofensivo dos ‘Diabos Vermelhos’.
Os belgas, comandados pelo técnico espanhol Roberto Martínez, estão nas semifinais de um Mundial pela segunda vez em sua história (a primeira aconteceu no México-1986, quando foram derrotadas pela Argentina).
“Uma semifinal da Copa do Mundo é um momento único na carreira de um jogador”, admitiu Martínez em coletiva de imprensa desta segunda-feira (09), destacando que a França “se parece com a gente em muitos aspectos, sobretudo pelas grandes individualidades”.
Maturidade –A Bélgica tem o melhor ataque da Copa (14 gols em cinco partidas) e nove jogadores já balançaram as redes até agora. É a única seleção que venceu os cinco jogos na competição e mantém uma invencibilidade de 24 partidas (19 vitórias e 5 empates), um recorde na história dos ‘Diabos Vermelhos’. Além disso, conta com a experiência do auxiliar técnico francês Thiery Henry, campeão do mundo em 1998 contra o Brasil.
Para a semifinal, Martínez não poderá contar com o lateral Thomas Meunier, que recebeu o segundo cartão amarelo. Para sua vaga poderia ser deslocado Nacer Chadli, com o retorno de Yannick Carrasco ao time titular.
Outra dúvida está no meio de campo, já que o técnico poderia repetir a fórmula que deu certo contra o Brasil nas quartas de final, com Marouane Fellaini e Axel Witsel na marcação, ou poderia optar por uma fórmula um pouco mais ofensiva, com De Bruyne recuado e Dries Mertens auxiliando Hazard e o artilheiro Lukaku no ataque.
França – Contra um grande ataque, a França vai recorrer a sua força defensiva, fruto da extraordinária capacidade atlética de seus jogadores, sobretudo no meio de campo, com N’Golo Kanté, Paul Pogba e Blaise Matuidi, que deve retornar ao time depois de cumprir uma partida de suspensão nas quartas de final contra o Uruguai.
Os franceses sofreram quatro gols em cinco partidas (três deles na vitória contra a Argentina por 4-3 nas oitavas) e o técnico Didier Deschamps não deve mudar os jogadores da defesa .
No entanto, o treinador dos Bleus alertou nesta segunda sobre o perigo belga no contra-ataque: “quando recuperam a bola são muito eficazes”.
Também não deve alterar o trio de ataque, pois considera muito importante o trabalho de Olivier Giroud, que permite o brilho de seus dois principais jogadores, Antoine Griezmann e Kylian Mbappé.
Os dois países vizinhos se enfrentarão pela 74ª vez na história. Os belgas têm vantagem, com 30 vitórias contra 24 dos franceses e 19 empates. Mas nos dois confrontos disputados em Copas do Mundo (1938 e 1986), os ‘Bleus’ triunfaram. Desta vez, após as decepções na Copa do Mundo de 2014 e na Eurocopa-2016, a ‘geração dourada’ belga parece ter chegado à maturidade e tem uma oportunidade histórica de lutar pelo título.