O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), classificou nesta quinta-feira (12) como polÃtica e partidária a greve dos professores da rede municipal de ensino conduzida pela APLB, sindicato controlado por siglas de oposição à atual gestão.
O prefeito deixou claro que a maioria dos professores da rede não aderiram à greve, e avisou que vai cortar, já na folha de julho, o salário de quem não trabalhar. Ele lembrou que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Gestão (Semge), já apresentou uma proposta justa de reajuste para a categoria de 2,5%, a mesma recomposição aceita em 2017 pelos servidores da educação e, este ano, por outras classes do municÃpio.
“É um movimento polÃtico, sem nenhuma razoabilidade. Colocamos na mesa a proposta de 2,5% para os servidores da educação, o que assegura um ganho efetivo para a classe acumulado aos 2,5% do ano passado. Não tem motivo para a greve existir. É uma greve polÃtica e assim será tratada pela Prefeitura. Quem não for trabalhar terá o ponto cortado. Determinei que a folha fosse fechada dia 20 e, dessa forma, que não comparecer ao trabalho terá o salário cortado já em julho. Faço apelo para que os professores que aderiram ao movimento voltem à s escolas”, disse ACM Neto, durante assinatura da ordem de serviço para requalificação da Lagoa dos Pássaros, no Stiep.
O prefeito reforçou que a proposta de reajuste oferecida pelo municÃpio é absolutamente justa, e frisou que não vai aceitar movimento partidária. “Está muito claro que o governo do estado, sem dar qualquer reajuste, não enfrenta o mesmo movimento por parte de um sindicato que é dominado por PT, PCdoB e PSOL. Já enfrentamos outras greves desse tipo. E todos sabem meu comportamento. A gente é justo, coloca a proposta na mesa. Agora quando o sindicato quer fazer polÃtica, quem paga o preço disso é o professor”, salientou.
Adesão baixa – Nesta quinta, 86% das escolas da rede municipal funcionaram normalmente ou de forma parcial, de acordo com o levantamento feito pela Secretaria Municipal de Educação (Smed). A orientação Smed é que as escolas funcionem normalmente. A pasta entende o movimento de greve como precipitado, uma vez que a negociação está em andamento. Destaca que há proposta de aumento real para a categoria e que a valorização dos professores é uma polÃtica implementada desde o inÃcio da primeira gestão de ACM Neto. Um exemplo disso é o aumento registrado na média salarial da categoria, que passou de R$ 4.826,71 para R$ 6.431,13, representando um incremento de 33,24%.
Foto: Valter Pontes/Secom-PMS