O governo de Montenegro reagiu nesta quinta-feira (19) à descrição feita pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que o país contribuiu “para a paz e a estabilidade, não apenas no continente europeu, mas em todo o mundo”.
De acordo com a agência France-Presse (AFP), o comunicado divulgado pelo Governo montenegrino descreve este país como “um Estado estabilizador na região, o único que não foi palco de combates durante a desintegração da ex-Jugoslávia” durante os conflitos na década de 1990, que provocou um total de cerca de 130 mil mortos.
“O país acolheu e protegeu 120.000 pessoas afetadas” por esses conflitos, foi “o primeiro a resistir ao fascismo”, enumeram as autoridades montenegrinas.
Segundo a AFP, o comunicado diz que Montenegro construiu “amizades” e não perdeu nenhuma, enquanto defendem os “interesses nacionais com ousadia”.
“No mundo atual, não importa se és grande ou pequeno, o que conta é o nível em que defendes os valores de liberdade, solidariedade e democracia”, indicam as autoridades de Podgorica. O Governo montenegrino acrescenta ainda que “como resultado, a amizade e aliança entre o Montenegro e os Estados Unidos é forte e inalienável”.
No canal de televisão Fox News, o Presidente Donald Trump descreveu Montenegro como “um país muito pequeno, com pessoas muito fortes e muito agressivas”, e por parecer questionar o princípio da defesa mútua dentro da NATO.
Trump chegou a sugerir que essa agressão poderia desencadear “a terceira guerra mundial” se os outros membros da Aliança Atlântica tivessem de vir defendê-lo. Independente da Sérvia desde 2006, o Montenegro é habitado por 660 mil pessoas, a maioria eslava e ortodoxa.