Para garantir apoio a seu candidato na eleição presidencial, o PT está abrindo mão de lançar concorrentes na disputa ao Senado em vários Estados. A Coluna do Estadão informa que no Maranhão, o partido rifou a candidatura própria para apoiar os nomes escolhidos pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Não vai indicar nem os suplentes. Com isso, o PT vai completar 12 anos sem lançar candidato no Estado.
No Ceará, a sigla desistiu de tentar reeleger José Pimentel, o que irá ajudar na eleição de Eunício Oliveira (MDB). “Lamento muito a decisão do meu partido de abrir mão de disputar uma das duas vagas ao Senado Federal. As consequências serão históricas e percebidas a partir de 2019”, lamentou o petista.
No Amazonas, o PT abriu mão de lançar candidato ao Senado para apoiar a reeleição de Vanessa Grazziotin (PCdoB). No Piauí, o partido vai apoiar Ciro Nogueira (PP) em detrimento de tentar reeleger Regina Souza (PT). No Amapá, vai de João Capiberibe (PSB).
Membro do diretório nacional do PT, Marcio Jardim, que teve a candidatura ao Senado no Maranhão preterida, lamenta. “O PT tem feito muitos gestos para o PCdoB”, diz. Com tantas composições, a sigla pode ter sua bancada no Senado reduzida consideravelmente.
Atualmente, o PT tem nove senadores, a 3.ª maior bancada da Casa. Sete encerram o mandato neste ano. Só Paulo Rocha (PA) e Fátima Bezerra (RN) ficam até 2022.
Segundo a coluna, os petistas apostam na eleição de três nomes para tentar repor em parte seus quadros: Eduardo Suplicy (SP), Dilma Rousseff (MG) e Jaques Wagner (BA).