Fiéis lotaram o Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, Cidade Baixa, em Salvador, para homenagear à beata também conhecida como o “Anjo Bom da Bahia”, na manhã desta segunda-feira (13).
Por volta das 9h, o bispo auxiliar Dom Gilson Andrade presidiu a primeira missa em celebração à Irmã Dulce. Desde o início do mês de agosto, diversas ações foram realizadas para homenagear a beata.
Nesta segunda-feira é o dia oficial da festa litúrgica e, além da missa que começou 9h, às 14h haverá o momento de louvor. Já às 17h, será realizada a missa dos devotos e funcionários da Obras Sociais Irmã Dulce (Osid).
Os festejos religiosos em homenagem à Irmã Dulce começaram no último sábado (4), com a realização de um novenário e prosseguiu até domingo (12), no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres.
Ainda no domingo (12), os fiéis seguiram em uma caminhada que fez parte da festa litúrgica em homenagem à Irmã Dulce.
A Igreja Católica escolheu este mês para homenagear Irmã Dulce, pois em agosto de 1933, com 19 anos, a Mãe dos Pobres, como também é conhecida, se tornou freira.
Trajetória – Nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, começou a manifestar interesse pela vida religiosa desde cedo, ainda no início da adolescência. Aos 13 anos de idade, já atendia doentes no portão de casa, no bairro de Nazaré.
Na década de 1930, a beata iniciou um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.
Em 1949, Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do convento onde servia, após a autorização da sua superiora, com 70 doentes.
A iniciativa foi o pontapé para a criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição considerada hoje um dos maiores complexos de saúde com atendimento totalmente gratuito do país, com 4,6 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano.
Irmã Dulce morreu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, e atualmente está em processo de canonização. Para ser canonizada (declarada Santa) é necessária a comprovação de mais um milagre atribuído à freira baiana.
Foto: Reprodução TV Bahia