Conhecida pela sua importância histórica, comercial e intensa movimentação de veículos e pedestres, a Rua Miguel Calmon, no Comércio, vai ser totalmente requalificada. A ordem de serviço será assinada nesta quinta-feira, às 9h30, pelo prefeito ACM Neto, na Praça Riachuelo, em frente ao prédio histórico da Associação Comercial da Bahia. A execução das obras estará a cargo da Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop).
Serão realizadas melhorias na pavimentação e serviços de macro e microdrenagem, além de implantação de ciclovia de 1,1km, desde as imediações do Mercado Modelo até a entrada do Pilar, e semáforos inteligentes. O investimento, que inclui a requalificação da Praça Riachuelo, é de R$4,3 milhões, com recursos fruto de financiamento junto à Caixa Econômica Federal.
Também será feita a modificação da pavimentação das calçadas, que ganharão concreto lavado com detalhes em pedras portuguesas e itens de acessibilidade, como rampas, piso tátil e passagem de pedestres. A iluminação será modernizada com a implantação de lâmpadas em LED. Estão previstos plantios de 90 árvores na região, de espécies de médio porte. A intenção, com isso, é reduzir a emissão de carbono dos veículos que trafegam no local – já que passam 2.160 automóveis e 276 ônibus por hora nos horários de pico – e garantir mais sombreamento.
A requalificação faz parte do projeto Ruas Completas, conduzido em todo o país pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e a entidade World Resources Institute (WRI), em parceria com o Instituto Clima e Sociedade (ICS). Salvador é uma das 11 cidades beneficiadas pelo projeto, que visa implementar um novo conceito urbanístico e sustentável, baseado na distribuição do espaço de maneira mais democrática para as pessoas.
Na capital baiana, o projeto é desenvolvido pela Prefeitura através da Secretaria de Mobilidade (Semob), Secretaria da Cidade Sustentável e Inovação (Secis), Fundação Mario Leal Ferreira (FMLF) e Transalvador. A medida é parte integrante do programa Salvador 360, eixo Centro Histórico.
De acordo com a presidente da FMLF, Tânia Scofield, a iniciativa visa oferecer mais conforto ambiental, abrangendo um maior número possível de itens de infraestrutura em benefício dos cidadãos que circulam a pé. “O projeto não é só uma intervenção urbanística, pois ele também vai avaliar o impacto dessa intervenção”, afirma.
A fase de pesquisa será feita por alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Salvador (Unifacs), através de cooperação técnica com a Prefeitura. Antes da obra, vai ser realizado um levantamento de dados, por meio da aplicação de questionários com os cidadãos, para avaliar o que as pessoas acham da situação atual da rua. Outra pesquisa será feita após a conclusão das intervenções, para avaliar o nível de satisfação com o projeto. Dois anos após, um novo questionário vai ser apresentado aos cidadãos.
Centro Histórico – Assim como a Rua Miguel Calmon, outras intervenções da Prefeitura também vão contribuir ainda mais para a revitalização do Centro Histórico. No Comércio, já está em andamento a requalificação da Praça da Inglaterra. A requalificação da Praça Cairu está com o projeto executivo finalizado. E o projeto de revitalização da Praça Deodoro está em fase final de elaboração. Na parte alta da cidade, a Prefeitura deve iniciar em setembro as intervenções para requalificar a Avenida Sete de Setembro e a Praça Castro Alves.
Foto: Bruno Concha/Secom-PMS