O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda anunciou nesta terça-feira (21) a retirada de sua candidatura ao governo de Minas Gerais e a sua desfiliação do PSB. Lacerda queixou-se da articulação feita entre PSB e PT para derrubar sua candidatura e apoiar a do atual governador, o petista Fernando Pimentel, que tenta a reeleição.
No último sábado (18), a diretoria provisória do PSB mineiro impugnou (contestou) a candidatura do ex-prefeito no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
O diretório de Minas foi dissolvido em 2 de agosto pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, sob a alegação de que a direção estadual não respeitou as diretrizes nacionais do partido.
A convenção nacional da legenda, em 5 de agosto, decidiu que não teria candidato próprio ao governo estadual e aprovou a aliança com o PT em apoio à reeleição de Pimentel. Mas Lacerda manteve a coligação com o MDB e registrou sua candidatura no TRE-MG.
Um recurso de Lacerda seria analisado nesta terça-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não consta mais na pauta de julgamento da corte eleitoral.
Nas redes sociais, o ex-prefeito publicou: “Dois comandos partidários, de forma antidemocrática e arbitrária, fizeram, na calada da noite, nos porões sombrios dos gabinetes em Brasília, o mais podre dos conchavos políticos. A cúpula do PSB e do PT conspiraram para retirar a minha candidatura a governador de Minas Gerais, impedindo a desvinculação definitiva do tradicional papel de braço do PT, desempenhado pelo PSB”.
A desfiliação foi confirmada pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira. Ao Congresso em Foco, Siqueira disse que eleitores mineiros “se viram livres de um político indeciso, vacilante e sem rumo, e, portanto, o PSB não perde nada, porque nunca teve um quadro tão sem rumo político como ele”.
Coligação – Os partidos que estavam coligados à chapa de Lacerda, PDT, PV, PRB e Podemos, reúnem-se nesta quarta-feira (22) com o atual presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (Alemg), Adalclever Lopes (MDB), então vice do ex-prefeito, para decidir que rumo devem tomar para a eleição.
Segundo um deputado coligado, uma das alternativas é manter a coligação apenas para as disputas proporcionais, sem um candidato majoritário. Com isso, os deputados ficariam liberados para fazer campanhas nas suas bases.
Outra opção é que Adalclever assuma a cabeça de chapa como candidato do MDB ao governo de Minas Gerais. Além disso, o emedebista pode tentar a reeleição como deputado estadual.