O vereador e ex-presidente da Câmara de Vereadores de Correntina, no Extremo Oeste Baiano, Wesley Campos Aguiar (PV), conhecido como Maradona, se entregou à Polícia Civil na terça-feira (21).
Ele é um dos envolvidos na formação de organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios, investigada pela operação ‘Último Tango’, deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), no dia 26 de outubro do ano passado.
Maradona está preso no município de Santa Maria da Vitória à disposição da Justiça. Ele estava foragido desde o final de maio, mas decidiu se entregar pois, pelo regimento interno da Câmara, ele perderia o cargo e o salário caso se ausentasse por 10 sessões ordinárias da Casa.
Além do mandado de prisão do vereador, foram expedidos pedidos de prisão de mais servidores da Câmara que também estavam envolvidas em fraudes de licitações e contratos, além do desvio de verbas públicas e pagamento de gratificações indevidas a servidores.
São eles: Hugo Neves dos Santos, que atuava como assistente de controle interno, Erickson Linces dos Santos, motorista, e Cleuzinete de Souza Sales, tesoureira. Estes dois últimos foram presos em Goiânia (GO).
No dia 26 de outubro de 2017, o Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA), através do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou a operação ‘Último Tango’, que prendeu cinco vereadores no Município de Correntina. Entre os detidos estava o presidente da Câmara de Vereadores, Wesley Campos Aguiar.
Solto 25 dias depois, Maradona desapareceu após novo mandado de prisão solicitado à Justiça pelo MP. De acordo com os promotores de Justiça do Gaeco, todos os presos estão envolvidos na formação de organização criminosa suspeita de fraudar processos licitatórios e contratos no município.
Além disso, a quadrilha é suspeita de desviar verbas públicas mediante pagamento de gratificações indevidas a servidores e realizar exigências ilícitas ao prefeito, inclusive a entrega de propina de R$ 50 mil para alguns vereadores em troca da aprovação de projetos de lei.
Entre as denúncias ao Ministério Público da Bahia está o atraso das obras da nova Câmara de Vereadores. O gasto previsto para a construção era de R$ 4,4 milhões e já foram gastos mais de R$ 3,5 milhões.