A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), não poderá mais usar a prerrogativa de advogada para visitar Lula. O mesmo vale para Emídio de Souza, tesoureiro do PT. A decisão é da juíza Carolina Lebbos, que resolveu cumprir a lei.
A decisão da magistrada atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF) de meados deste mês no qual os membros da força-tarefa da Lava Jato afirmaram que as visitas ao ex-presidente feitas por políticos que se inscreveram como advogados estão transformando a sede da Polícia Federal na capital paranaense em seu comitê de campanha.
Os procuradores pediram especificamente que Gleisi fosse impedida de visitar Lula na condição de sua advogada, sob argumento de que ela não pode, como parlamentar, continuar a advogar.
Inscritos como advogados de Lula, Gleisi e Emídio tinham acesso facilitado a ele na PF em Curitiba, onde o petista cumpre pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo.
Também inscrito como advogado de Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo ex-presidente, não foi incluído no pedido dos promotores.
De acordo com a campanha de Lula, Gleisi rechaçou a decisão da juíza e afirmou que ela representa mais um episódio no que afirma ser uma perseguição ao petista.
“Nem a ditadura impediu advogados de visitar presos”, disse a presidente do PT.