Seicentos e nove animais silvestres foram apreendidos durante a Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do Paraguaçu, em dez cidades baianas. A ação foi coordenada pela por equipes do Ministério Público Estadual através do Núcleo de Defesa do Rio Paraguaçu (NURP ).
A operação foi realizada entre os dias 21 e 29 de agosto, nos municípios de Itaberaba, Iaçu, Ipirá, Milagres, Itatim, Santa Teresinha, Rafael Jambeiro, Marcionílio Souza, Boa Vista do Tupim e Ruy Barbosa. No total, foram aplicadas multas no valor de R$ 165 mil, referentes a diversas irregularidades, como criação ilegal, tráfico de animais silvestres e caça predatória.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que também participou da fiscalização, a maior parte dos animais apreendidos era de aves com valor comercial. Os nomes das espécieis não foram divulgados.
Dois jabutis também foram apreendidos. Duas aves perdizes, que foram encontradas num bar, já mortas, e seriam vendidas como aperitivo, também foram levadas pelas equipes de fiscalização. Foram achadas ainda 13 espingardas, armadilhas e outros equipamentos para caça.
Conforme a PRF, também participaram das ações equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e da ONG Animallia. A fiscalização também teve o objetivo de realizar ações de educação ambiental, estimulando a entrega voluntária de animais mantidos em cativeiro e fiscalizar criadores cadastrados junto ao IBAMA.
Segundo a PRF, foram localizados alguns pontos de tráfico de animais nos municípios de Itatim e Santa Teresinha. Ninguém foi preso. Foram lavrados 9 Termos Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e as ocorrências foram encaminhadas para o Ministério Público.
Durante a operação os animais resgatados foram encaminhados para a base montada no município de Itaberaba. Todos foram examinados por veterinários e biólogos e alguns deles, que estavam em condições de voltar à natureza, foram soltos.
Conforme a PRF, a maioria dos animais resgatados na operação não estava em condições de voltar ao habitat natural e foi levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Vitória da Conquista. Eles devem ficar ficar sob os cuidados veterinários até terem condições de serem reintroduzidos no seu habitat.
Foto: Divulgação/PRF