As críticas da campanha do tucano Geraldo Alckmin ao governo Michel Temer no horário eleitoral são incentivadas por dirigentes do Centrão. O grupo inclui partidos que ainda ocupam ministérios no atual governo ou que foram responsáveis por várias das políticas alvos de ataques do tucano.
A Coluna do Estadão informa que no PP, que tem Saúde e Cidades, lideranças justificam o aval: “Temer está muito desgastado e ninguém vai se chatear por isso. Faz parte”. No DEM, que controlou a Educação até abril, a avaliação é de que ou Alckmin se descola de Temer ou perde a eleição.
Numa das inserções, Alckmin diz: “Lugar de jovem é na escola, mas com Dilma e Temer esse direito dos brasileiros foi ignorado”. Até abril, o ministro era Mendonça Filho (DEM), que tinha como sub Maria Helena Castro, ligada ao PSDB.
Mendonça Filho diz que Alckmin só pode estar se referindo à época em que Temer era vice de Dilma Rousseff. “Isso é peça de marqueteiro. Ele já até elogiou tudo de inovador que fizemos no governo Temer.”
Se por um lado a artilharia de Alckmin tem o apoio da cúpula do Centrão, por outro enfrenta resistência de deputados que tentam a reeleição. Muitos estão se afastando do tucano temendo retaliação de prefeitos petistas ou de eleitores de Bolsonaro, outro alvo do tucano.