Neste domingo (16), o candidato a governador da Bahia Zé Ronaldo (DEM) percorreu as ruas de Ituberá, localizada na região do Baixo Sul a 317 km de Salvador, e ouviu uma série de reclamações da população local. Segundo os moradores, a cidade turística foi completamente abandonada pelo governo do Estado e quase já não conta com policiamento da Secretaria de Segurança Pública.
“Nunca fui omisso e nunca vou admitir que os baianos vivam com medo”, garantiu Zé Ronaldo, informando que vai recuperar os territórios na Bahia ocupados pelo narcotráfico. “Os bandidos instituíram o toque de recolher em Ituberá, eu vejo a dor e o medo nos olhos da população. Eu não aceito que os baianos tenham medo de ir ao trabalho. No início do meu governo, irei criar uma força tarefa especial para agir de imediato e devolver a tranqüilidade à população”, assegurou, informando que irá organizar as instituições de segurança pública e reforçar as delegacias territoriais. Zé Ronaldo esteve acompanhado pelos candidatos ao Senado Irmão Lázaro e Jutahy Magalhães Jr.
“A Ituberá belíssima e tranquila que a gente conheceu já não existe mais. O nosso povo vive com medo de sair de casa, o comércio enfraqueceu. Na cidade, o efetivo policial é muito baixo e a criminalidade tomou conta”, reclama Régis, liderança política reconhecida no local. Segundo ele, é preciso que o novo governador gerencie a segurança do estado com firmeza e competência. “Além disso, a nossa cultura da piaçava está sem incentivo e faltam postos de trabalho. Os moradores estão indo para outras cidades à procura de emprego”, informa Regis.
Tendo como atração turística a cachoeira da Pancada Grande, e sendo produtora de guaraná, látex e cacau, a cidade de Ituberá está pedindo socorro. “Cansamos de ser enganados e esquecidos pelos políticos. Para o governo atual a gente não existe. Não se preocupam com a nossa segurança e com o nosso bem estar. Queremos viver em paz, em tranquilidade. Mas estamos esquecidos”, diz o pintor Alessandro Conceição, 40.
A dona de casa Ana Lúcia não tem mais coragem de sair de casa. “Semana passada teve mais um assassinato, por isso os moradores estão com medo de sair ás ruas. Aqui, a partir das 20h, a população se recolhe. Não existe comércio à noite. A insegurança tomou conta!”, revolta-se Ana Lucia.
Foto: Ângelo Pontes/Divulgação
