O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz do Tribunal de Contas da União, é alvo da quarta fase da Operação Registro Espúrio deflagrada na manhã desta terça-feira (18) pela Polícia Federal (PF).
A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), investiga supostos desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES).
O apartamento e o escritório de Tiago, são alvos de mandados de busca. O sócio dele Bruno de Carvalho Galiano é alvo de mandado de prisão temporária. PF chegou a pedir a prisão de Tiago Cedraz, mas o STF negou. Tiago Cedraz é investigado pelos supostos crimes de peculato e corrupção ativa.
Marcelo de Lima Cavalcanti, chefe de gabinete do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), também é alvo de mandado de busca e prisão temporária.
No total, a PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 9 de prisões temporárias em Brasília, Goiânia, Anápolis (GO), São Paulo e Londrina (PR).
A Polícia Federal investiga nesta fase fraudes na restituição de contribuições sindicais recolhidas a maior ou indevidamente da CEES.
A PF investiga os crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, no esquema investigado, pedidos de restituição eram manipulados por suposta organização criminosa com o intuito de adquirir direito a créditos.
Ainda segundo as investigações, os valores eram transferidos da CEES para as contas bancárias das entidades, e um percentual era repassado para os servidores públicos e advogados integrantes do esquema.
A primeira fase da Operação Registro Espúrio foi desencadeada em maio deste ano para investigar suposta organização criminosa integrada por políticos e servidores que atuavam em fraudes na concessão de registros sindicais pelo Ministério do Trabalho.
No dia 28 de agosto, a PGR denunciou o presidente do PTB, deputado cassado Roberto Jefferson, a filha dele e deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), o ex-ministro Helton Yomura e mais 23 pessoas.
No último dia 4, o ministro Edson Fachin, relator do caso no STF, autorizou a abertura de 3 inquéritos no âmbito da Operação Registro Espúrio.