O dólar acentuou a queda após oscilar mais cedo nesta sexta-feira (21), chegando a operar a R$ 4,02, enquanto os investidores repercutem novas pesquisas de intenção de voto à presidência da República, em dia de desvalorização de moedas emergentes.
Às 14h27, a moeda norte-americana caía 1,01%, vendida a R$ 4,0332. Na mínima do dia, o dólar atingiu R$ 4,0277. Na máxima, chegou a R$ 4,0954. No ano, a moeda acumula alta de 23%.
Novas pesquisas eleitorais estão no radar dos investidores, apontando para um cenário com candidatos mais comprometidos com as reformas na corrida presidencial. O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) lidera as principais pesquisas com 28% da preferência do eleitorado, seguido pelo candidato Fernando Haddad (PT), que tem em média 16%. Na próxima semana, novas pesquisas são aguardadas, entre elas do Ibope na segunda-feira.
“Ainda é tudo muito incerto… De todo o modo, acho que a governabilidade do país será complicada no próximo governo, seja quem for eleito”, comentou à Reuters a diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares. “Mas não há espaço para a moeda cair abaixo de R$ 4,05. Há uma resistência, atrai compradores”, disse.
Exterior – No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas fortes, em dia de destaque para o recuo da libra, depois que líderes da União Europeia alertarem a primeira-ministra Theresa May que estão prontos para um não-acordo Brexit se ela não ceder terreno no comércio e na fronteira irlandesa até novembro.
Em pronunciamento, May declarou que é melhor ficar sem acordo do que fazer acordo ruim com UE sobre Brexit e que o Reino Unido vive “impasse” nas negociações.
O Banco Central ofertou e vendeu integralmente 10,9 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 7,63 bilhões do total de US$ 9,801 bilhões que vencem em outubro.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 1,25%, vendida a R$ 4,0750.