25 de novembro de 2024
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PGR pede ao STF prorrogação de inquérito dos Portos por mais 15 dias

PGR pede ao STF prorrogação de inquérito dos Portos por mais 15 dias

Em manifestação encaminhada nesta sexta-feira (05), ao Supremo Tribunal Federal (STF), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a prorrogação por mais 15 dias das investigações do inquérito dos Portos. O pedido será analisado pelo relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso.

A procuradora-geral da República também concordou com um pedido da defesa do presidente Michel Temer para que o ex-ministro dos Transportes Maurício Quintella Lessa seja ouvido pela Polícia Federal.

O prazo para a conclusão das investigações do inquérito dos Portos já foi prorrogado quatro vezes.

O inquérito apura se empresas que atuam no Porto de Santos, como a Rodrimar e o Grupo Libra, foram beneficiadas por medidas que atingiram o setor portuário. Inicialmente, as investigações miravam, além de Temer, Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), ex-assessor do presidente e ex-deputado federal, Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente, dono e diretor da Rodrimar.

Ao longo da apuração, entraram também na mira o amigo do presidente João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e executivos do Grupo Libra. Todos negam envolvimento em irregularidades.

Os advogados do presidente alegam que a proposta de ato normativo que resultou na edição do decreto foi submetida a Temer seguindo orientações do então ministro da pasta, competente para elaborar os estudos de mérito.

“A oitiva do ex-ministro de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil que subscreveu a exposição de motivos e enviou à Casa Civil solicitando alterações no setor portuário pode ser essencial e indispensável ao processo de formação de juízo de convicção quanto à ocorrência ou não dos fatos objeto de apuração no curso do presente inquérito”, alegam os advogados Frederico Donati Barbosa e Brian Alves Prado.

Oitiva – De acordo com a defesa, o depoimento de Quintella e de Luiz Otávio de Oliveira Campos, atual titular da Secretaria Nacional de Portos do Ministério, foi requerido e agendado para os dias 18 e 19 de setembro. Os advogados afirmam, no entanto, que apenas a oitiva de Oliveira Campos foi realizada, não sendo ouvido o ex-ministro “por dificuldades de natureza pessoal”.

Os advogados de Temer destacam ainda que a edição do decreto “não trouxe qualquer vantagem à empresa Rodrimar”.




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