O candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, João Doria, avaliou nesta segunda-feira (08) que o seu partido, que saiu encolhido dessa eleição após o resultado nas disputas nacional e estadual, precisa reavaliar suas posições e repetiu que a sigla precisa deixar de ficar “em cima do muro”.
Logo após a confirmação do segundo turno nas eleições para o governo de São Paulo, Dória anunciou que irá apoiar o candidato Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições presidenciais.
“Não acho (que o PSDB acabou). Mas o partido tem que reavaliar seu posicionamento e definir com clareza seu futuro”, disse o ex-prefeito de São Paulo, que se reuniu nesta segunda com seu conselho de campanha. “Minha opinião é que o partido precisa respeitar seu passado, não condenar ninguém por derrotas, mas avaliar daqui para frente. E eu serei um cobrador para que isso aconteça. No que depender de mim, eu decreto o fim do muro no PSDB.”
Nos bastidores, uma parcela dos tucanos, insatisfeita com o resultado eleitoral, quer que o presidente do partido e candidato à Planalto este ano, Geraldo Alckmin, deixe o cargo para facilitar essa mudança. A opinião foi verbalizada, ainda neste domingo (07), pelo prefeito de São Bernardo, Orlando Morando. “Entendo que, mediante o resultado que o partido colheu, cabe a Alckmin fazer avaliação sobre se não deve ser antecipada a eleição (no PSDB), até olhando para 2020”, disse Morando ao Broadcast Político.
O ex-prefeito de SP, que chegou à política pelas mãos de Alckmin, mas que se distanciou desde então a ponto de fazer campanha separada dele nestas eleições, disse ainda que a relação entre os dois não acabou. “Conversei com Geraldo Alckmin e manteremos a relação tão boa como sempre foi”, minimizou o ex-prefeito tucano, que, ao contrario de Márcio França (PSB), não visitou o presidenciável no domingo, após o fim da apuração do primeiro turno.