Uma aeronave que prestava o serviço de táxi aéreo irregular, também conhecido como transporte aéreo clandestino, foi interditada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no aeroporto de Salvador, após denúncia anônima.
A aeronave iria embarcar para o aeroporto de Congonhas (SP) e, segundo a Anac, entre os passageiros estava a cantora Claudia Leitte. O site G1 entrou em contato com a assessoria da artista, que disse desconhecer a situação.
Conforme informou a agência, a interdição ocorreu na quarta-feira (17), um dia após o órgão federal receber a denúncia. A ação faz parte da campanha “Voe seguro, não use táxi aéreo clandestino”.
A Anac detalhou que, na ação, a aeronave de matrícula PR-OLB, só poderia ser utilizada para transporte privado.
Entretanto, durante a fiscalização, foi constatado que a empresa e a aeronave não possuíam autorização para prestar serviços de táxi aéreo e, portanto, não poderiam realizar transporte remunerado por não garantirem as condições necessárias de segurança desse tipo de operação.
Além da interdição do avião, a Agência informou que foram suspensas as habilitações dos dois pilotos responsáveis pela operação. Conforme disse a Anac, um processo administrativo foi instaurado e, após conclusão da investigação, os pilotos e o operador da aeronave poderão ser multados e ter as licenças e certificados cassados.
Além da aplicação de sanções administrativas, a ANAC informará o caso ao Ministério Público e à Polícia para as medidas cabíveis. A Anac destaca que a operação irregular de táxi aéreo, também conhecida como táxi aéreo pirata, é uma infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica e pode configurar crime.
Nos últimos meses, a Anac disse que intensificou o combate ao táxi aéreo clandestino. Informou que, no dia 29 de setembro, a agência interditou pela segunda vez a aeronave que transportaria a cantora Anitta pelo mesmo motivo.
Nas ações de fiscalização, este ano, já foram interditadas aeronaves utilizadas pela cantora Marília Mendonça, pela dupla Maiara e Maraisa e pelo cantor Amado Batista.
Foto: Divulgação/Anac