Pelo menos 3.444 pessoas foram assassinadas no mês de agosto deste ano no Brasil. O número, porém, é ainda maior, já que quatro estados não divulgam os dados. O índice nacional de homicídios, ferramenta criada pelo G1, permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Já são 34.305 vítimas registradas nos primeiros oito meses deste ano.
O número consolidado até agora contabiliza todos os homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, que, juntos, compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
O mapa faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Desde o início do ano, jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo Fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O objetivo é, além de antecipar os dados e possibilitar um diagnóstico em tempo real da violência, cobrar transparência por parte dos governos.
Quatro estados (Amazonas, Maranhão, Paraná e Tocantins), entretanto, dizem ainda não ter os dados referentes a agosto – o Paraná também não informa os números de julho. A Secretaria da Segurança do Amazonas diz apenas que as estatísticas do mês de agosto estão sendo consolidadas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, os dados de agosto ainda estão sendo consolidados.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná informa que os dados (tanto de julho como de agosto) ainda estão sendo tabulados para posterior homologação e divulgação.
Já a Secretaria de Segurança Pública do Tocantins diz que o setor de estatística ainda não tem os números devido à dificuldade de algumas delegacias em enviar os dados.
Na página especial, é possível navegar por cada um dos estados e encontrar dois vídeos: um com uma análise de um especialista indicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e outro com um diagnóstico de um representante do governo.
Ambos respondem a duas perguntas: quem são os grupos/pessoas que mais matam no estado, por que eles matam e como isso mudou ao longo da última década?; e o que fazer para mudar esse cenário?
Apenas 3 dos 27 governos estaduais não enviaram respostas às questões em vídeo: Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. Juntos, eles respondem por mais de 1/4 das mortes violentas no ano passado.