A Polícia Federal (PF) está nas ruas nesta quarta-feira (05) para cumprir mandados da 57ª fase da Operação Lava Jato. Esta etapa, de acordo com a PF, investiga a ação de uma organização criminosa que agia na área de trading da Petrobras. Foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão. Até o momento, cinco pessoas foram presas no estado do Rio de Janeiro.
Esta nova fase da Lava Jato foi batizada de “Sem Limites”. Seis mandados de intimações também foram expedidos, para que os depoimentos sejam realizados nesta quarta-feira. Há ainda ordens de sequestros de imóveis, indisponibilidades de contas bancárias de investigados, e bloqueio de valores até o limite dos prejuízos.
As investigações identificaram o pagamento de pelo menos US$ 31 milhões em propinas para funcionários da Petrobras por empresas de trading, segundo o Ministério Público Federal (MPF). A área de trading realiza negócios de compra e venda de petróleo e derivados da Petrobras por ou para empresas estrangeiras.
O pagamento, conforme o MPF, foi feito por grandes empresas do mercado de petróleo e derivados. O valor atualizado equivale a R$ 119.427.500.
As propinas foram registradas entre 2009 e meados de 2014. Contudo, a PF não descarta a continuidade do esquema na área a trading, com ramificações internacionais, até os dias de hoje.
Dos 11 mandados de prisão preventiva, que são por tempo indeterminado, 10 devem ser cumpridos na cidade do Rio de Janeiro, e um em Petrópolis (RJ).
O G1 apurou que, entre os detidos, estão os advogados Gustavo Buffara Bueno e André Luiz dos Santos Paza. De acordo com as investigações, esses dois advogados lavavam dinheiro para agentes públicos. Um atual funcionários da Petrobras e dois ex-gerentes estão entre os presos.
Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba. Os investigados podem responder por corrupção, organização criminosa, crimes financeiros e de lavagem de dinheiro, segundo a PF.