O Conselho de Administração da Petrobras aprovou seu plano de negócios de 2019-2023, que prevê uma carteira de investimentos de US$ 84,1 bilhões para o período. Na previsão para o período entre 2018 e 2022, a estatal estimava investimentos de R$ 74,5 bilhões.
No ano passado, a petroleira elevou em 0,5% sua previsão de investimentos em relação ao ano anterior, uma virada em relação à estratégia da companhia, que vinha cortando investimentos nos últimos anos.
Do montante estimado, US$ 68,8 bilhões serão destinados para a área de exploração e produção e outros US$ 8,2 bilhões para refino, transporte e comercialização, que continuarão atuando de forma integrada.
A estatal estima outros US$ 5 bilhões para a área de gás e energia e US$ 0,3 bilhão para petroquímica. No plano, há também a previsão de US$ 0,4 bilhões para energia eólica, solar e biocombustíveis.
A companhia também informou que vai dar dará continuidade ao seu plano de desinvestimentos (venda de ativos), prevendo potencial entrada de recursos de US$ 26,9 bilhões.
A empresa ainda previu crescimento de 10% da produção de petróleo no Brasil em 2019 e de 7% na produção total.
No ano, até o fechamento do 3º trimestre, a Petrobras acumula R$ 16,8 bilhões em desinvestimentos. A meta inicial da companhia era levantar US$ 21 bilhões com venda de ativos no biênio 2017-2018, mas a estatal passou a trabalhar com a expectativa de fechar o biênio com a entrada de US$ 9,5 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 37 bilhões.
A Petrobras anunciou que avalia reduzir a sua participação no mercado de refino de petróleo, mediante parcerias e venda do controle de 4 refinarias dos blocos regionais do Nordeste e Sul do Brasil, mantendo a operação da estatal no Sudeste, onde está a maioria das unidades de refino da companhia.
A companhia também aprovou, em reunião realizada na terça-feira (4), seu Plano Estratégico 2040 (PE 2040), com ajustes nas estratégias da companhia.
Entre eles, está a busca em diversificar as fontes e usos da energia.” O foco em óleo e gás, presente na visão do plano anterior e ainda importante para os próximos anos, dará mais espaço para outras fontes de energia, no horizonte até 2040″, informou a estatal.