O Porto de Salvador é responsável por cerca de 26% de todo volume agrícola exportado da Bahia. O setor, junto com a área pecuária, vem crescendo e respondem por 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB), no estado. Em 2017, o agronegócio produziu cerca de R$ 20 bilhões a mais em comparação ao volume gerado em 2012, quando o estudo começou a ser feito, e era produzido aproximadamente R$ 42 bilhões. Os dados foram divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O diretor de Indicadores e Estatística da SEI, Gustavo Casseb Pessoti, disse que a maior parte da dinâmica econômica de um grande conjunto de municípios do interior da Bahia está, direta ou indiretamente, relacionada com o desempenho do agronegócio. A pesquisa também revela que a taxa real de crescimento do agronegócio baiano, em 2017, foi de 4,1%. “Isso significa um crescimento real do ponto de vista da produção física, desde a indústria aos serviços”, acrescenta Pessoti.
No setor agropecuário, os produtos mais exportados, por meio do terminal de contêineres do Porto de Salvador, são as frutas e sucos, que têm como principal destino a Europa. São exportados, anualmente, cerca de 70 mil toneladas de uvas, mangas, laranjas, melões, melancias e outros frutos. “Todo sistema é modernizado e compatível com as demandas desse tipo de exportação, atendendo as determinações da Ministério da Agricultura e da Anvisa”, relatou Rondon Brandão do Vale, diretor-presidente da Codeba, que administra os portos públicos.
Um dos exemplos desses cuidados com as frutas que são enviados para outros países é a refrigeração, pois se trata de um produto perecível. Os caminhões/contêineres são específicos para transportar esse tipo de material e, caso cheguem ao porto antes do navio atracar, eles ficam ligados à energia para que mantenham a temperatura determinada. “Toda a carga é conferida em Salvador, mas quando chega no porto destino, uma equipe de lá volta a vistoriar o produto. Então ele tem que sair daqui do Porto em perfeitas condições”, frisou Rondon.