25 de novembro de 2024
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Ceará vive quinta noite de ataques de facções; líderes em presídios serão transferidos

Ceará vive quinta noite de ataques de facções; líderes em presídios serão transferidos

O governo do Ceará comunicou na noite deste domingo (6) que transferiu 1 dos chefes de facção criminosa para 1 presídio federal em outro Estado. Segundo a administração de Camilo Santana (PT), outros 19 líderes de facções devem ser encaminhados a unidades federais.

Mesmo assim, criminosos voltaram a cometer ataques no Ceará na quinta noite seguida de uma onda de violência que atinge o estado desde quarta-feira (2). Entre a noite de domingo (6) e a madrugada desta segunda-feira (7), bandidos incendiaram uma estação ambiental em Icapuí, no litoral do estado, e veículos em uma oficina na capital. Em resposta aos crimes, o Governo do Ceará informou que transferiu um dos chefes de uma facção criminosa do Ceará para um presídio federal. Outros 19 detentos também devem ser levados para outras unidades prisionais nos próximos dias.

Em todo estado, são mais de 120 ações criminosas desde o início da onda de violência. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), 110 pessoas suspeitas de participação nos crimes foram capturadas, e dois homens morreram em confronto com policiais. Pelo menos 60 prisões ocorreram após a chegada de tropas da Força Nacional ao Ceará.

O Governo Federal ofereceu 60 vagas em presídios federais para receber integrantes de facções criminosas que atuam no estado do Ceará. Atualmente, algumas unidades prisionais do estado têm presos separados de acordo com os grupos criminosos que participam.

A sequência de ataques ocorreu após a fala do novo secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, que prometeu fiscalizar com mais rigor a entrada de celulares nos presídios, segundo o governo. Desde o início da onda de crimes, agentes penitenciários apreenderam 407 celulares em presídios de onde foram ordenados os crimes. Em uma das ações, os presos fizeram um motim.

De acordo com uma fonte do Serviço de Inteligência da Secretaria da Segurança ouvida pelo G1, membros de duas facções rivais fizeram um “pacto de união”, com o objetivo de “concentrar as forças contra o Estado”. Em pixações em prédios públicos de Fortaleza, criminosos escreveram que “não vão parar até o secretário sair”. “Fora Mauro Albuquerque”, diz a mensagem.




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