Embora os aliados queiram lançar candidaturas próprias, o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), defendeu, nesta segunda-feira (14), a unidade da base para disputar a sucessão do prefeito ACM Neto (DEM) em 2020.
“É muito cedo para falar em 2020, mas sempre o princípio é de construir a unidade e preservar. Time que vem ganhando com a unidade não vai querer correr o risco de mexer. A gente defende isso, mas ainda é muito cedo. Tem muito chão para andar. Muita água para passar por debaixo desta ponte. Acho que a gente tem todas as condições de construir uma ampla aliança”, afirmou ao jornal Tribuna da Bahia, durante inauguração da nova Unidade de Saúde da Família (USF) em Mata Escura.
Bruno se esquivou quando perguntado se o desejo é que a unidade aconteça em torno de seu nome. O prefeito já admitiu que tem preparado o vice para ser um dos nomes a sucessão. ”Ainda é cedo para falar em nomes, mas vamos trabalhar para os partidos estarem unidos. Os partidos que compõem a aliança estão transformando a cidade de Salvador. Aí cada partido tem compromisso na sua área de atuação, e sei que eles desejam que esse trabalho continue avançando”, pontuou.
Aliados – Apesar do desejo de Bruno por unidade no grupo, PRB, MDB e PSDB já se pronunciaram a favor de lançar candidatos próprios em 2020. “Eu, pessoalmente, defendo que o partido tenha sempre candidato a prefeito e ao governo. Acho que as ideias do partido têm que ser expostas ao eleitor. Aliás, em 2020, será a primeira eleição sem coligação e precisamos fortalecer o nosso partido”, declarou o presidente do PSDB na Bahia, o deputado federal João Gualberto, no ano passado.
Presidente do PRB na Bahia, o deputado federal Marcio Marinho também levantou a bandeira para que a sigla tenha candidatura própria. “O partido, talvez, tenha candidato próprio por causa da legislação [que acaba com as coligações nas eleições proporcionais]. Queremos ter uma composição maior na Câmara de Vereadores e também se apresentar a população. Sempre digo que o PRB é um partido aliado, mas não subserviente. Todos os partidos têm o seu próprio projeto e sua estratégia para crescer. Se tivermos um nome viável, teremos candidato. Agora, é natural que o prefeito defenda um nome do partido dele para sucessão”, ressaltou, em entrevista à Veja Online.
O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB) já se manifestou publicamente a favor de que seu partido tenha candidatura própria.